Fase inicial da plântula da braquiarinha tolera alumínio
Busca por identificar a tolerância - medindo a germinação - estudou seis cultivares disponíveis comercialmente



Experimentos realizados no Laboratório de Sementes da Unoeste utilizaram seis cultivares comerciais de Urochloa brizantham, conhecida como braquiária, para avaliar as respostas de cada uma delas à toxicidade de alumínio livre durante as fases de germinação e desenvolvimento de plântulas. A melhor tolerância foi da variedade Basilisk, popularmente denominada braquiarinha. Verificação ocorrida na fase inicial, que é a mais delicada, quando a plântula ainda depende a reserva de nutrientes armazenados na própria semente.
O estudo científico da engenheira agrônoma Cláudia Jaqueline Tomé Yamamoto recebeu orientação da Dra. Ceci Castilho Custódio. A intenção inicial era a de conseguir identificar o cultivar mais tolerante, num período de 0 a 14 dias. Os tratamentos foram repetidos várias vezes, durante um ano e três meses para os cultivares Marandu, BRS Piatã, MG4, MG5, Xaraés e Basilisk, submetidos a estresses causados pela toxidez de alumínio livre, capaz de reduzir no crescimento radicular de plantas sensíveis ao impedir a absorção de nutrientes.
“Nós tentamos identificar a tolerância mediando a germinação e o crescimento da plântula. Também estudamos algumas respostas bioquímicas. O parâmetro de raiz foi o que mais indicou o cultivar tolerante. Foram quatro tratamentos para cada cultivar, para cada nível de alumínio estudado em laboratório. Portanto, em condições controladas, que são as desejadas nos experimentos, mas diferentes do cultivo a campo”, explica a orientadora. Ainda comenta que a falta de tolerância à toxicidade causada pelo alumínio é indício de impedimento à formação de pastagem.
A relevância do estudo tem alcances nacional e mundial, considerando a busca permanente em responder a necessidade de se obter maior produtividade nas áreas de pastagens já existentes, evitando, assim, a ocupação de novas áreas para a criação de gado e também promovendo a sustentabilidade no setor pecuário. Boas pastagens representam melhores resultados de produção, com bons reflexos econômicos e sociais. Torna-se uma necessidade definir cultivares mais tolerantes às adversidades encontradas no solo, como a toxicidade causada pelo alumínio.
Procedente de Ilha Solteira, na microrregião de Andradina (SP), Cláudia formou-se pela Unoeste. Assim que concluiu a graduação, ingressou na pós stricto sensu, sendo aprovada na tarde de sexta-feira (4), quando submeteu sua dissertação à defesa pública, avaliada pelos doutores Fabiana Lima Abrantes, pós-doutoranda na Unoeste, e Edvaldo Aparecido Amaral da Silva, convidado junto à Unesp em Botucatu. Agora, passa a ostentar o título de mestre em Agronomia, outorgado pela Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação.
A Dra. Ceci anuncia que a graduação e o mestrado na Unoeste proporcionaram à Cláudia o ingresso no mercado de trabalho, em excelentes condições para início de carreira. Aprovada em concurso do Centro Paula Souza, autarquia vinculada à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, a mais recente mestre pelo Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Agronomia da Unoeste inicia hoje (7) a atividade de professora da Escola Técnica (Etec).
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste