Acadêmica de Enfermagem escolhe Austrália para intercâmbio
Escolha é motivada por ser um país modelo em saúde, onde se fala o inglês e tem clima parecido com o do Brasil

A acadêmica do curso de Enfermagem da Unoeste, Gleyce Taine Ferreira está entre os novos contemplados pelo Ciência sem Fronteiras (CsF). Ao se inscrever no programa de intercâmbio promovido pelo governo federal, a universitária optou pela Austrália. Quanto à escolha, ela conta que se sentiu motivada por ser um país modelo em saúde, detentor do segundo lugar no ranking mundial de desenvolvimento humano, além de ser um local onde se fala a língua inglesa e possui um clima parecido com o do Brasil.
Paulista de Osasco, zona oeste da região metropolitana de São Paulo, Gleyce mora em Anhumas (SP) há sete anos. Fez o ensino fundamental em Carapicuíba (SP). O ensino médio foi na Escola Estadual Coronel Francisco Whitaker, em Anhumas para onde sua família se mudou quando tinha 14 anos de idade. Para fugir da violência urbana, o metalúrgico aposentado Wilson Ferreira escolheu morar numa cidade onde nunca tinha ido, sendo que até então sua única referência era Presidente Prudente.
A estratégia foi morar em um município pacato, próximo de outro que oferecesse ampla estrutura, especialmente em educação e saúde. Assim é que os filhos estudam em Prudente. Ingliti, sua irmã mais velha (26), faz o primeiro ano de Enfermagem, também na Unoeste. David (17) faz francês no Centro de Estudos de Línguas, na Escola Estadual Monsenhor Sarrion. Matias (13) o caçula está no ensino fundamental. Ferreira é casado com Maria Rosária Fernandes.
Gleyce se inscreveu para o intercâmbio em agosto de 2013, a contragosto de seus pais. Eles tinham preocupação com a vida num país estranho. Porém, David foi contemplado com bolsa do centro de línguas para curso de 30 dias na França, onde ficou durante dezembro do ano passado. Como a experiência foi boa, o que era preocupação passou a ser estímulo para a filha fique 18 meses na Austrália, na cidade de Perth. Nesse período ela estudará na Curtin University.
Com o início do intercâmbio a partir de julho deste ano, a estudante do segundo ano de Enfermagem conta que na universidade australiana são ofertadas formações específicas em áreas como ginecologia, obstetrícia, etc. “Estou pensando em atuar em urgência e emergência, mas nessa experiência internacional pretendo definir qual área seguir. Vou fazer algumas disciplinas gerais, mas estarei de olho no específico. Espero voltar de lá com essa definição”, comenta.
Na cidade litorânea em que irá se acomodar, Gleyce terá a oportunidade de se encontrar com Guilherme Noboru Sassaki Fidélis, que também é estudante da Unoeste e fica na Austrália até o meio do próximo ano. “Ele disse que está gostando de lá, por ser uma cidade boa, tranquila e bastante desenvolvida”, diz. Os estudantes trocam informações pelas redes sociais. “Quanto aos estudos, minhas expectativas estão na obtenção de conhecimento no segmento da enfermagem, no aprimoramento do inglês e, se possível, na realização de iniciação científica”, conta.
A acadêmica já pensa em fazer futuramente mestrado no Brasil e no exterior. “Estou entusiasmada e, por isso, incentivo outros estudantes da instituição a se inscreverem no programa de intercâmbio. Quem tem interesse deve tentar, não desanimar e nem desistir. O processo seletivo é muito demorado, mas acaba sendo compensador”, afirma a estudante que agradece as dicas sobre como melhor aproveitar os estudos na Austrália, dadas pela coordenadora do curso de Enfermagem na Unoeste, professora Maria Nilda Camargo de Barros Barreto.
Outro agradecimento é para o assessor de Relações Interinstitucionais, doutor Antonio Fluminhan Júnior, pelo auxílio em todas as etapas. “Meu interesse pelo intercâmbio começou numa palestra que o doutor Fluminhan fez no meio do ano passado, no teatro César Cava, duas semanas antes de serem abertas as inscrições. Peguei o e-mail dele, que foi me auxiliando em tudo”, diz Gleyce. Ela conta que para conseguir a bolsa foram levados em consideração os 634 pontos obtidos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), as boas notas na graduação e a participação de atividades como o estágio no Hospital Regional de Presidente Prudente (HR).
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste