Oficinas proporcionam bem-estar no ensino público
Acadêmico de Matemática busca formas lúdicas e diferenciadas para ensinar alunos de escola integral em Regente Feijó



Despertar a curiosidade e o entusiasmo de aprender de um jeito divertido foi a maneira que o acadêmico Douglas Henrique de Oliveira Braz encontrou para proporcionar uma tarde de lazer, de bem-estar e elevar a autoestima dos alunos da Escola Municipal Terezinha da Rocha Moreno, em Regente Feijó (SP). O estudante do 3o termo de Matemática da Faculdade de Artes, Ciências, Letras e Educação (Faclepp) da Unoeste, que trabalha na escola, contou com o apoio de voluntários e acadêmicos para realizar oficinas lúdicas, ontem (22).
“A educação motivadora é o que meus alunos precisam. Desejamos que eles tenham vontade de aprender, de conhecer, de ter uma boa convivência em sociedade. É a partir desse lado social que pretendemos chegar num nível em que eles queiram estudar e não que sejam obrigados”, enfatiza Braz. A ação faz parte do projeto Mais Educação, da escola municipal em parceria com o projeto Ciranda da Alegria da Faclepp. Braz elaborou uma programação dinâmica de forma que os alunos participassem de todas as oficinas. A cada 20 minutos as turmas trocavam de sala.
Para a diretora da escola, Alzira Costa Negri, as crianças aprendem mais com ações lúdicas, aprendem a socializar, dividir espaço e tempo e esperar sua vez. “Em todos os sentidos as crianças têm ganho”, ressalta. Por meio das oficinas de Ciências, Educação Física, Matemática, Saúde e Arte, o futuro educador buscou ensinar aos alunos formas de expressar suas emoções, seja pela expressão corporal ou pela construção de obras de arte. “Esperamos resgatar e reforçar valores como trabalho em equipe e respeito mútuo”, salienta Braz.
“Nessa ação, os futuros docentes de Física e Matemática têm a oportunidade de aprender junto com as crianças, como trabalhar na prática, o que pode ser feito em sala de aula. As crianças no início do ensino fundamental precisam vivências práticas e concretas. Os jogos lúdicos permitem que entendam o que estão fazendo, tocando nos materiais e manuseando”, explica Carmen Lúcia Kohl Martinez Paz, coordenadora dessas duas graduações.
Conforme Braz, quando os professores ensinam matemática com um jogo como o tangram, por exemplo, que é um quebra-cabeça chinês, são aplicados os conceitos de geometria plana, área e perímetro. “Mas aí vem um questionamento: o que eles sabem sobre esse assunto? Aí, a partir do saber deles, a gente amplia essa visão, mediando esse conhecimento. Esse é a primeira ação de muitas que pretendo realizar”, finaliza Braz.
A Oficina de Saúde foi conduzida pela enfermeira Mariele Palmiro Cunha. Nela, os alunos puderam analisar um piolho no microscópio. A abordagem dessa oficina foi sobre higiene pessoal. “As crianças são multiplicadoras, elas cobram dos pais o que aprendem na escola”, relata Mariele.
Colaboradores – As oficinas contaram com participação, em forma de monitoria, dos alunos de Matemática da Unoeste, Arielton Aparecido dos Santos, Bruna Oliveira Silva, Douglas Henrique, Kercia Maria Rocha, Naraine Gianfelice Neves e William Figueiredo dos Santos, e os estudantes de Física da Unoeste, Lucas Tomazi de Souza, Raiza Couto Sant’anna e Viviane Conceição dos Santos.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste