Artigos científicos podem trazer avanços para a sociedade
Tema abordado durante oficina atraiu um grande público de alunos que se interessam pela área da pesquisa



“O primeiro passo para a produção de um artigo científico de alto impacto é a realização de uma pesquisa aprofundada. O grande erro de muitas pessoas é que elas não transformam o resultado de um estudo em bons artigos. Essa prática exige, também, o conhecimento da estrutura desse tipo de texto, bem como a sua linguagem e o processo editorial”. A afirmação é do Dr. Valtencir Zucolotto, docente da USP, campus de São Carlos (SP).
Filiado à Academia Brasileira de Ciências (ABC), o pesquisador publicou mais de 135 artigos em revistas internacionais, 11 capítulos de livros e possui mais de 2,1 mil citações. Com a plateia lotada no Auditório Azaleia, bloco B3 do campus II da Unoeste, ele conduziu nesta quarta-feira (21) a oficina “Escrita científica e a produção de artigos de alto impacto: estrutura e linguagem”. Zucolotto comenta que aproveitou a ocasião para mostrar estratégias que podem ajudar na escrita de um bom artigo científico. “Fazer ciência é buscar avanços que podem ou não ter aplicação direta na vida da população, mas que de alguma maneira fazem a diferença”.
Ele argumenta que todo artigo científico traz uma ideia e para que ela seja relevante é preciso conhecer profundamente a área de pesquisa em que se está inserido. “O cientista é curioso e tem capacidade de ter boas ideias. Deve estar ciente, ainda, de que o processo de pesquisa é contínuo e não deve parar”, diz. Pela primeira vez na Unoeste, conta que é uma grande alegria compartilhar um pouco do seu embasamento na universidade. “Aprendam o mais rápido possível o sentido real da palavra ‘cientista’. Andem no caminho certo, tenham postura inovadora e sempre trabalhem na fronteira do conhecimento”, conclui.
A atividade realizada por Zucolotto esteve inserida na programação do 20º Encontro Anual de Pesquisa Institucional e Iniciação Científica (Enapi) do Encontro Nacional de Ensino, Pesquisa e Extensão (Enepe) 2015. Outro evento de caráter inovador que também ocorreu nesta quarta (21) foi a palestra “Onde estamos? Para onde podemos ir? Conhecer e inovar com o conceito de One Health”, ministrada pelo Dr. Aristeu Vieira da Silva.
Professor da Universidade de Feira de Santana (UFS-BA), Silva explica que One Health é um termo novo para um conceito bem conhecido na medicina veterinária, que é a saúde única. “É preciso um olhar que reúna componentes que vão desde a saúde do homem e do animal até o meio ambiente. Estamos caminhando para integrar esses conceitos fragmentados para que eles possam ser trabalhados efetivamente de forma mais abrangente”, ressalta. Para os acadêmicos, ele destacou que a futura atuação deve ir além de ambientes veterinários como clínicas e consultórios. “Não somos ilhas e, por isso, devemos nos questionar sobre o que estamos fazendo e o que podemos fazer para melhorar a realidade que nos cerca. Precisamos ser agentes para o bem-estar e para uma saúde integralizada da nossa comunidade e, até mesmo, do nosso planeta”.
Exposições de painéis – O Enepe 2015 contabilizou a inscrição de mais de 150 painéis que serão apresentados até hoje (22) no Salão de Artes Professor Dr. José do Carmo Battistuzzo, localizado no Salão do Limoeiro, campus II da Unoeste. Thalysi Mayumi Hisamatsu veio com o amigo Thiago Pereira Veronese expor o projeto “Programa de reabilitação em grupo na escoliose idiopática: estudo de caso”. Fisioterapeuta e aluna da especialização em fisioterapia aplicada à ortopedia e traumatologia da Unesp de Presidente Prudente, ela conta que é a terceira vez que participa do Enepe. “Esse evento nos dá a oportunidade de divulgar o nosso trabalho para toda comunidade e permite estabelecer contato com outros estudiosos”.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste