Jornada de Engenharia Ambiental reúne palestras e minicursos
Segunda edição da semana acadêmica é realizada em quatro dias



A 2ª Jornada Acadêmica do Curso de Engenharia Ambiental e Sanitária da Unoeste veio recheada de minicursos e palestras em quatro dias de atividades. Iniciada na segunda-feira (9), termina hoje (12) à noite, com a palestra “A Iniciação Científica no Curso de Engenharia Ambiental e Sanitária da Unoeste”, no Auditório Buriti, campus II, com falas conduzidas por duas professoras dessa graduação, Dra. Sibila Corral de Arêa Leão Honda e Leila Maria Couto Esturaro Bizarro. Contando com esta, ao todo foram quatro palestras e três minicursos.
O último minicurso, hoje à tarde, teve o professor doutor Marcos Norberto Boin à frente, mostrando três áreas verdes distintas: uma em recuperação, uma recuperada e outra degradada. A primeira, ao lado do Distrito Industrial Antônio Crepaldi de Presidente Prudente, é conhecida como Peixe, devido ao formato que tem. Neste espaço e nas proximidades, inclusive no Recinto de Exposições e na Escola Técnica Estadual (Etec), serão plantadas 350 mil mudas em ação da concessionária que administra a Raposo Tavares por compensação ambiental devido à duplicação da rodovia. O reflorestamento “significa um ganho muito grande para proteção e produção de água na bacia do manancial de captação de Presidente Prudente, a Bacia Hidrográfica do Rio Santo Anastácio”, explica Boin.
Os alunos verificaram, no primeiro ponto visitado, diferentes estágios de desenvolvimento da recuperação da área – árvores recém-plantadas e outro trecho totalmente recuperado. Continuando o percurso, os acadêmicos e o docente foram ao limite de Anhumas com Regente Feijó, onde está a nascente principal do Santo Anastácio. “Neste local foi feito um reflorestamento pela concessionária da rodovia Raposo Tavares, plantados 14 hectares de mata ciliar. Hoje encontra-se restaurado e produzindo efeitos, inclusive na geração de uma maior quantidade de água”, enaltece Boin, que os levou à última parada, a cerca de 100 metros da nascente, para mostrar um local totalmente degradado.
A estudante Alexsandra Ramos dos Santos, 29, participou do minicurso e compareceu todos os dias à Jornada de Engenharia Ambiental e Sanitária da Unoeste, a qual considera muito importante, principalmente por estar no início do 3º termo. “Ainda tenho muita caminhada pela frente, então o máximo que eu puder absorver de conhecimento durante o curso, vou estar presente! E a jornada ajuda nisso, tem palestras com assuntos muito importantes e fundamentais”, declara a universitária, que cursa o período noturno e diz que aproveita o momento para interagir com colegas do integral e de outros termos, bem como sair da rotina e conhecer profissionais, inclusive professores que ainda não teve aula.
Ontem (11), o Dr. Carlos Magno de Araújo, coordenador de Engenharia Elétrica na Unoeste, palestrou sobre a atuação do engenheiro ambiental em empreendimentos de fontes renováveis de energia que estão em ascensão no Brasil, como a eólica (vento), por biomassa e a solar. “O Brasil é um dos países com maior potencial de geração de energia, a partir da luz do Sol, e é o país da América Latina que tem maior potencial em renovar, só faltam algumas medidas para incentivar uma evolução mais acelerada desse setor”, diz Araújo. Por toda essa grande potência de matrizes energéticas renováveis, Araújo detalha que as perspectivas de atuação do engenheiro ambiental são muito grandes.
Antes de criar-se uma usina energética são feitos estudos ambientais. Conforme o doutor, cabe ao engenheiro ambiental, portanto, determinar se a localidade escolhida pode ou não abrigá-la e, posteriormente, tem o dever de acompanhar o projeto em todas as etapas. Ou seja, apesar de diversos benefícios à população advirem com as energias renováveis, elas podem causar impactos graves, como destruição de fauna e flora e realocação social, uma vez que a população precisa mudar-se de onde mora para a instalação ocorrer. “Para que não haja esses impactos é preciso um plano de remanejo e, em casos de impactos inevitáveis, as empresas envolvidas, principalmente o governo, assinam um Termo de Ajustamento de Conduta para que o empreendimento só entre em operação se atender a determinadas condicionantes, monitoradas por engenheiros ambientais e florestais”, finaliza Araújo.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste