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TV abomina o exagero e rádio musical tem pouca publicidade

Essas são constatações do estudante de Jornalismo durante intercâmbio em Portugal


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Foto: Cedida TV abomina o exagero e rádio musical tem pouca publicidade
Gabriel Buosi na cidade do Porto, onde morou
Foto: Cedida TV abomina o exagero e rádio musical tem pouca publicidade
Visita ao Museu Van Gogh, em Amsterdã, na Holanda
Foto: João Paulo Barbosa TV abomina o exagero e rádio musical tem pouca publicidade
De volta aos estudos na Unoeste, no campus II

Na condição de estudante de Jornalismo, Gabriel Buosi deu especial atenção à mídia durante sua estada em Portugal, de setembro do ano passado a fevereiro deste ano. Não se fechou nesse ângulo de visão, procurando aproveitar o máximo possível do intercâmbio proporcionado pelo banco Santander numa parceria com a Unoeste. Porém, fez constatações pertinentes a sua área de estudo, mas que alcança não somente os produtores de conteúdos e sim também os consumidores de mídia. Os fatos de que a televisão portuguesa não faz sensacionalismo e o rádio musical tem pouca publicidade, estão entre as observações de quem chegou de fora e estava acostumado ao oposto em seu país.

“A prática de jornalismo em Portugal é muito diferente. O rádio FM é praticamente 100% musical, com pouca publicidade e pouca participação do ouvinte. Na TV não tem sensacionalismo. Eles falam de cultura, de saúde, do dia a dia e de comportamento. A estrutura de jornal de televisão é a do repórter com cara de paisagem. Não há uma dinâmica. Os jornais impressos são bem parecidos com os do Brasil, mas a maioria das notícias é sobre política”, conta o intercambista pelo Programa de Bolsa Ibero-Americanas, do Santander. Na formação acadêmica, também existem diferenças, a começar pelo tempo de estudo. Lá são três anos e aqui quatro. O estágio aqui é feito a qualquer momento e lá somente no último semestre.

No Brasil, o estudante de jornalismo é preparado para exercer a função de assessoria de imprensa. Em Portugal, o curso de jornalismo é um e o de assessoria de imprensa outro. Em relação às práticas metodológicas, Buosi comenta ter estranhado um pouco. “Aqui na Facopp [Faculdade de Comunicação Social de Presidente Prudente] é muito dinâmico, com a teoria associada à prática. Lá é praticamente só teoria. Quando chega o período de estágio, no último semestre do curso, a proporção entre vagas e interessados é muito desproporcional, tipo de 10 para 300. O entendimento deles é de que o estágio não é absolutamente necessário para que o profissional chegue ao mercado em condições de exercer suas funções”, diz.

Durante sua estada na Universidade do Porto, Buosi cursou quatro disciplinas, sendo uma em assessoria de imprensa e as outras em jornalismo: expressões jornalísticas online, expressões jornalísticas para impresso, comércio eletrônico e marketing digital. Diante da liberdade proporcionada aos alunos de mobilidade internacional de montarem suas grades, escolhendo disciplinas e horários, assumiu compromisso acadêmico de terça a quinta-feira, com aproveitamento dos demais dias para conhecer a cidade do Porto e viajar. Em Portugal, esteve em Lisboa, Guimarães, Aveiro e Espinho; na Bélgica, em Bruxelas; na Holanda, em Amsterdã; e em Paris, na França.

O que mais impactou seus sentimentos foi a visita ao Museu de Anne Frank, instalado na casa onde a menina judia e mais sete pessoas se esconderam dos nazistas por mais de dois anos, em Amsterdã. Descobertos, foram enviados ao campo de concentração. Seu pai Otto Frank tornou-se o único sobrevivente entre os oito e depois da morte da filha, que entrou para história como rosto do holocausto, publicou o diário por ela escrito enquanto ainda estava escondida. “Ver todos os cômodos em que a família ficou na casa toda fechada com madeira (sem janelas), só com a iluminação artificial, deu uma sensação de sentir a história de horror na própria pele”, conta.

As coisas bonitas também impactaram o intercambista e não foram poucas, incluindo o fato de se sentir seguro ao andar pelas ruas dos locais visitados, mesmo em altas horas. “Me sentia bem seguro. Morei no centro da cidade e em todos os pontos turísticos fui e voltei a pé. Não foi só em Portugal. Em Bruxelas, por exemplo, onde havia a suspeita de estarem autores do atentado terrorista na França, tinha polícia em todo canto. Os policiais se portavam com tranquilidade, de tal forma que as pessoas também estavam calmas, no sentido de se sentirem seguras”, comenta.

Além de morar na área central, ficou perto da universidade, para onde ia a pé. Dividiu o apartamento com três pessoas, um espanhol e dois brasileiros, de Porto Alegre e de Belo Horizonte. Nas salas de aula que frequentou pode conviver com italiano, polonês e espanhol. “Meu maior choque cultural foi quando cheguei. Sou comunicativo e eles bem reservados. Eles não são tão receptivos, mas não são grossos. São do jeito deles. Eles não têm essa curiosidade que temos de conhecer melhor os visitantes. Para fazer amizade é demorado”, diz Buosi e revela que voltou mais maduro, com a cabeça diferente.

Pela facilidade proporcionada pela eficiência da telefonia sem fio, pode se comunicar com outros brasileiros em intercâmbio estudantil pela Europa, incluindo sua amiga de Facopp, a jornalista e estudante de publicidade Ana Flávia Mello Tamioso Figueiró. Por 7 euros por mês obteve 500 mega de internet, com ligação limitada para Portugal e acesso a todas as redes sociais, sem cobrança adicional; tudo com acesso muito rápido. Encantado com sua primeira viagem internacional tem a intenção de fazer pós-graduação fora do Brasil.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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