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Estudo da fertilidade do solo busca dose certa de nitrogênio

Dose inadequada de nitrogênio pode resultar no possível e grave problema de contaminação no lençol freático


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Foto: João Paulo Barbosa Estudo da fertilidade do solo busca dose certa de nitrogênio
Ana Carolina: aprovada para receber o título de mestre em Agronomia
Foto: João Paulo Barbosa Estudo da fertilidade do solo busca dose certa de nitrogênio
Banca examinadora, formada pelos doutores Tiritan, Santos e Grassi
Foto: João Paulo Barbosa Estudo da fertilidade do solo busca dose certa de nitrogênio
Ana Carolina com os doutores Santos, Grassi e Tiritan

Com o objetivo de estabelecer ótimas condições de cultivo para a soja, como uma das principais culturas do oeste paulista, nos últimos dois anos foram desenvolvidos experimentos científicos na busca de adequar a fertilidade do solo. O nitrogênio foi escolhido dentre os parâmetros relacionados aos teores de matérias orgânicas, para que proporcione melhor retenção de nutrientes e água, favorecendo o desenvolvimento do sistema radicular. Os estudos alertam para a necessidade de encontrar uma dose adequada, que proporcione retenção de matéria orgânica no solo e que não escorra, pelo processo de lixiviação, para lençóis freáticos.

O estudo realizado pela engenheira agrônoma de Presidente Venceslau (SP), Ana Carolina Mônico Moreira, foi feito no sistema de integração de lavouras, pelo plantio direto e com a sucessão e rotação de culturas (soja, milho, tremoço e braquiária). Conforme o orientador Dr. Carlos Henrique dos Santos, o foco do estudo foi o nitrogênio, por ser elemento importante para o desenvolvimento das plantas e na produção de massa orgânica. O trabalho ocorreu com doses de nitrogênio aplicado no sistema, de forma parcelada, antes do cultivo da soja, visando analisar a progresso dessa cultura.

Na avaliação sobre as formas do nitrogênio no solo, diante do tempo de manejo, não foi possível encontrar diferença da dose no sistema e nas culturas. Verificou-se a perda do nitrogênio, em forma de amônia, decorrente do sistema. Ocorreu a lixiviação no solo. “Isso indica para cuidados, já que essas formas são móveis e, pelo processo de lixiviação, os elementos, disponíveis na palha, podem contaminar o lençol freático. Então, é preciso encontrar a melhor dose para o sistema que ainda é novo em nossos experimentos iniciados em 2013, carecendo de mais tempo para estabilizar. Então, são necessários outros experimentos”, disse o orientador.

A pesquisa levou em consideração que os solos arenosos, como os da região do oeste paulista, apresentam algumas limitações para o cultivo de plantas, como o baixo teor de argila e de matéria orgânica no próprio solo. Daí o grande desafio de encontrar condições favoráveis para acumular matéria orgânica nos solos de textura arenosa, para melhorar as condições do sistema de produção. “Assim, o objetivo desse trabalho foi avaliar a dinâmica do nitrogênio e do carbono em um argissolo vermelho distroférrico em sistema de manejo com rotação/sucessão das culturas do milho, do tremoço, da Uroclhoa Brizantha (Syn. Brachiaria) e da soja combinadas com doses de N, em sistema de plantio direto”, conforme apresentou a autora do estudo na defesa pública de sua dissertação na manhã desta quarta-feira (23).

O experimento foi instalado e conduzido em área experimental da Unoeste, seguindo o delineamento em blocos casualizados, com quatro repetições, em esquema de parcelas subdivididas, sendo as parcelas constituídas por três rotações de culturas (Milho/Tremoço/Pousio/Soja; Milho + Urochloa brizantha/Soja; Urochloa brizantha/Soja) e as subparcelas por quatro doses de N aplicadas anualmente (50, 100, 150 e 200kg ha?¹). As culturas principais rotacionadas utilizadas foram: milho AG5055, soja cultivar BMX Potência RR e a forrageira Urochloa brizantha (Syn. Brachiaria) cv. MG-5. Foram avaliados os teores de N-total e N-inorgânico (NH4? e No3?) do solo, das folhas da soja, do milho e da Urochloa e da palhada; NH3 volatilizada; o teor de C-total; e os teores de carbono e nitrogênio da biomassa microbiana do solo.

Os dados obtidos apontaram para que o manejo das rotações de culturas e as doses de nitrogênio não influenciaram nos teores desse elemento no solo e na planta. Porém, as maiores concentrações de nitrogênio e carbono no solo foram encontradas na camada de 20 cm. Ana Carolina teve seu trabalho avaliado pelos doutores Carlos Sérgio Tiritan e Hélio Grassi Filho convidado da Unesp em Botucatu. Foi aprovada para receber o título de mestre em Agronomia, junto ao Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Agronomia, curso de mestrado, vinculado à Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação da Unoeste.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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