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Pesquisadores buscam soluções para cultura do algodão

Pragas e problemas climáticos são o foco de estudos científicos para os quais contribui pesquisador da Unoeste


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Foto: Cedida Pesquisadores buscam soluções para cultura do algodão
Fábio Echer na Conferência Mundial de Pesquisa de Algodão
Foto: Cedida Pesquisadores buscam soluções para cultura do algodão
Fábio Echer e um dos pôsteres que apresentou na conferência
Foto: Cedida Pesquisadores buscam soluções para cultura do algodão
Visita em fazenda produtora de algodão em Chapadão do Sul (MS)

Figuras expressivas da comunidade científica internacional no segmento da produção de algodão estiveram em Goiânia (GO), apresentando resultados de estudos voltados à solução de problemas que afetam a cotonicultura mundial, especialmente as pragas e as mudanças das condições climáticas. A Conferência Mundial de Pesquisa de Algodão foi recentemente em sua sexta edição e pela primeira vez no Brasil. Foram 400 participantes de 42 países de diferentes continentes, com as apresentações de 242 trabalhos científicos, dentre os quais dois produzidos pelo pesquisador Fábio Rafael Echer, vinculado ao Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Agronomia da Unoeste, que oferta mestrado e doutorado.

Experimentos científicos em várias partes do mundo estão voltados à parte genômica, relacionada aos estresses biótico (organismos vivos) e abiótico (condições climáticas). O maior problema relacionado às pragas é o bicudo-do-algodoeiro, conforme Echer que entende que o manejo da lavoura, como a destruição da soqueira na entressafra para quebrar o ciclo reprodutivo da praga que fica sem alimentação, como a ferramenta mais eficiente na supressão populacional desse besouro. O problema dos impactos pelas mudanças no clima está atrelado a questões de temperatura e a seca. Há também a preocupação sobre algodão de melhor qualidade, enquanto produto que enfrenta a concorrência com fibras sintéticas.

Um dos pôsteres apresentado na conferência por Echer foi o Responses of Cotton Cultivars Toshading (Respostas de Cultivares de Algodão ao Sombreamento). O outro foi o Plant Growth Parameters and Cotton Bollworm - Helicoverpa armigera (Hübner) Survivorship on Water Stressed Cotton Bt Varierties (Parâmetros de Crescimento e Sobrevivência de Helicoverpa armigera em Variedades Bt de Algodão sob Estresse Hídrico). Em sua trajetória como pesquisador, Echer acumula experiências na área de agronomia, com ênfase nas culturas de algodão e de soja, tendo atuado no Instituto Matogrossense do Algodão, antes de passar assumir a função de professor pesquisador na Unoeste, na graduação e na pós-graduação em Agronomia.

Organizada pela Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agopa) e realizada no Centro de Convenções de Goiânia, a conferência teve o apoio de importantes instituições nacionais, a exemplo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), e internacionais, como o Comitê Consultivo Internacional do Algodão (Icac) e a Associação Internacional de Pesquisadores do Algodão (Icra), da qual Echer é membro. As cinco conferências anteriores foram na Austrália (1994), Grécia (1998), África do Sul (2003), Estados Unidos (2007) e Índia (2011). Depois dessa no Brasil (2016), a próximo será na Turquia (2020). Em Goiânia, Echer teve a oportunidade de realimentar relações para fins de estudos científicos, especialmente, com pesquisadores dos Estados Unidos, Austrália e Argentina.

Na semana anterior à conferência, recebeu na Unoeste o pesquisador australiano Stephen Yeates que proferiu aula magna da pós-graduação stricto sensu em Agronomia e com quem foi para Goiânia. Porém, antes visitaram propriedades na região de Presidente Prudente, nas quais são adotados sistemas de rotação de culturas. Também visitaram fazendas produtoras de algodão em Chapadão do Sul, no Mato Grosso do Sul, e Rio Verde e Montividiu, em Goiás.

Pesquisas – Embora o algodão tenha sido uma das culturas de forte impacto econômico em Presidente Prudente e região, chegando a ter mais de 60 mil hectares cultivados, atualmente são cerca de 1,2 mil hectare e as maiores áreas de cultivo estão em Rancharia e Martinópolis. Os produtores recebem o apoio técnico-científico da Unoeste, na busca de cultivares mais adaptadas para cada ambiente. Em outubro do ano passado foram semeados dez novas cultivares, obtidos junto à empresa de melhoramento genético de Goiás, Mato Grosso e Bahia. Durante a colheita, encerrada na semana passada, foram identificados três cultivares classificados como interessantes e que serão anunciados em seminário que deverá ocorrer no próximo mês.

A iniciativa do seminário é do Grupo de Estudos do Algodão (GEA), recentemente criado na Unoeste e cadastrado no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A parceria é da Associação Paulista dos Produtores de Algodão (Appa). O GEA envolve pesquisadores, alunos da graduação envolvidos em iniciação científica e do Mestrado em Agronomia. Echer, que atua nas áreas de fisiologia e agronomia, é o líder do grupo que tem o envolvimento dos pesquisadores Fábio Fernando Araújo (dermatoide), Carlos Sérgio Tiritan (fertilidade) e Adriana Moro (fisiologia).

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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