Brinquedoteca do HR recebe doação do curso de Psicologia

O curso de Psicologia da Unoeste mantém dois projetos de extensão que contemplam a brinquedoteca do setor de pediatria do Hospital Regional (HR) de Presidente Prudente “Dr. Domingos Leonardo Cerávolo”. Um de preparação de alunos para atuar junto às crianças e outro para o atendimento destinado a minimizar as angustias, conflitos e medos que têm origem na saúde debilitada, associada ao fato da internação. Essa relação motivou campanha de arrecadação de brinquedos pelos estudantes vinculados à Clínica e à Atlética, doados à brinquedoteca na manhã desta sexta-feira (2).

O professor supervisor das extensões Lucas Bondezan Alvares esteve no hospital com um grupo de alunos, para fazer a doação. O recebimento foi feito pelo diretor administrativo do hospital Frei Jacó Silva, juntamente com os membros das responsáveis pela brinquedoteca. A pediatria possui 52 leitos e somente as crianças em isolamento ficam impossibilitadas de brincar.

O espaço destinado às brincadeiras fica aberto das 7h às 12h e das 13h30 às 17h, de segunda a sexta-feira, sendo que no período da tarde fazem parte do atendimento às duplas ou trios de alunos da psicologia orientados por Alvares. A proposta da extensão universitária está em contribuir para a humanização do espaço hospitalar, e a recuperação do paciente de forma integrada, contemplando os aspectos biopsicossocias. Também auxilia na formação do futuro profissional, ampliando sua visão da intervenção psicológica e das pesquisas na área de saúde.

Sobre a importância do brincar no contexto da brinquedoteca hospitalar, Alvares explica que os objetivos são minimizar o stress da internação, tanto para a criança quanto para o seu acompanhante; proporcionar acompanhamento mais completo à criança; e levantar dados para trabalhos científicos. A aluna do 9º termo Valderli Viana da Silva está completando o ano do estágio que tem contribuído com sua vida pessoal e formação profissional. “Antes tinha outro olhar para crianças aborrecidas, mas hoje sei que elas estão externando alguma angústia”, comentou.

Conforme Valderli, o preparo para lidar com crianças, no curso e na extensão, têm sido fundamental em sua atividade no hospital. “Um dia ouvi uma criança amputada dizer que sua perna iria crescer. Isso foi angustiante, mas deixei transparecer naturalidade pois se tratava de um menino de seis anos”, contou afirmando que se não tivesse a preparação acadêmica, a situação se tornaria difícil. Formada em Artes Visuais, Laís trabalha na brinquedoteca há cinco anos e para ela a contribuição da Unoeste tem sido muito significativa, inclusive com a doação dos brinquedos, os didáticos que são utilizados em atividades educativas.