Psicologia desenvolve projetos voltados a menores acolhidos

Contribuir com o desenvolvimento de crianças e adolescentes em situação de acolhimento, para que se fortaleçam e transformem suas vidas, é esse o objetivo do Instituto Fazendo História. Desde 2009, por meio da coordenação da professora Esther Akemi Kavano Katayama, o curso de Psicologia da Unoeste realiza dois projetos de extensão que utilizam a metodologia do instituto. Um deles consiste em capacitações para equipes dos serviços de acolhimento de Prudente e região. A última ação ocorreu no sábado (1º), no Lar dos Meninos, quando se discutiu todas as formas de violência que o acolhido pode passar, seja a que causou sua permanência no abrigo ou até mesmo a sofrida dentro da instituição acolhedora.

As capacitações são realizadas uma vez por mês, aos sábados, e participam equipes dos abrigos dos municípios de Presidente Prudente, Santo Anastácio, Pirapozinho, Martinópolis, Rancharia, Rosana, Ourinhos, Presidente Venceslau, Presidente Epitácio e Mirante do Paranapanema. Nos encontros, a docente conta com o auxilio dos alunos que integram o projeto de extensão Psicologia Jurídica, como é o caso da estudante do 10º termo Lara Casarotto. “Cada reunião é um tema diferente, e que são convidados todos que trabalham no abrigo, independentemente da função que desempenha, pois todos lidam com o menor”, comenta Lara.

Conforme a professora, o instituto busca garantir o respeito e proteção a suas histórias de vida, medida prevista no Estatuto da Criança e Adolescente (ECA). “O intuito é que isso ocorra da forma menos traumática, através da capacitação dos profissionais destes serviços e do atendimento clínico de crianças e adolescentes”. Para a psicóloga do Lar dos Meninos de Prudente, Giovana Pitzschk Foglia, as capacitações são de extrema importância, principalmente em razão da troca de experiência entre as equipes de diferentes abrigos. “Às vezes não estamos encontrando solução para um problema que atravessamos na instituição, e no momento que compartilhamos no encontro sempre tem algum abrigo que passou pela mesma situação e agiu de forma que deu resultado positivo, e isso nos ajuda muito”, comenta.

Foto: Mariana Tavares

Mais ações – Dentro do Instituto Fazendo História, existe o Grupo NÓS, que busca orientar e preparar os adolescentes acolhidos para a fase do desacolhimento. “Para isso, em sua plataforma on-line (nosnomundo.org.br) disponibiliza discussões e orientações a respeito da identidade e cidadania, moradia, profissionalização, uso do dinheiro, cultura e lazer”, conta a docente. Além das capacitações, o outro projeto de extensão coordenado por Esther é o Fazendo Histórias, que consiste no encontro semanal de alunos da graduação com crianças e adolescentes dos dois abrigos prudentinos, com a finalidade de construir álbuns de vida dos acolhidos.