Metais tóxicos: alimentos e objetos têm níveis preocupantes
Presentes no cotidiano, elementos apresentam índices acima do permitido pela legislação, revelam pesquisas do curso de Química

Elementos da tabela periódica como cobre, chumbo, crômio, mercúrio e cádmio são chamados de metais tóxicos e estão presentes nos alimentos e objetos. Existem índices aceitáveis para esses compostos, entretanto, pesquisas desenvolvidas pela Unoeste indicam que o perigo está mais próximo do que se imagina!
Já parou para pensar que o suco que você toma, a tinta que utiliza para sua casa ou, até mesmo, os brinquedos podem conter metais tóxicos em índices acima do permitido? Apesar de alguns elementos serem essenciais à vida em pequenas quantidades, o professor dos cursos de bacharelado e licenciatura em Química da Unoeste, Dr. Vinicius Marques Gomes, explica que, em grandes concentrações, eles podem comprometer a qualidade das águas e causar danos à saúde. Inclusive, o docente orientou duas pesquisas que avaliam a presença do chumbo, cádmio e crômio.
No primeiro estudo, foram analisadas as concentrações de crômio e chumbo nos mordedores infantis. “Utilizamos três tipos desse brinquedo de diferentes preços: um de marca referência, um intermediário e outro adquirido no comércio popular. Em todas as marcas, mesmo nas certificadas pelo Inmetro, as concentrações de crômio são de 230% a 344,58% a mais do que é permitido pela legislação. Por outro lado, a presença de chumbo não foi detectada”, explica Gomes.
Na segunda pesquisa, realizou-se um comparativo entre três tipos de bebidas lácteas vendidas prontas. “Todas elas apresentaram teores de crômio e cádmio elevados e a ausência de chumbo. Além disso, em uma das bebidas, que está entre as principais do mercado, os níveis de crômio são preocupantes, 181% acima do permitido”, diz.
De acordo com Gomes, tais estatísticas requerem atenção. “A contaminação por metais tóxicos afeta principalmente os sistemas nervoso, gastrintestinal, cardiovascular, renal e hematopoiético. Sendo assim, após a publicação científica dos estudos, encaminharemos todos os dados para a Anvisa e o Inmetro, a fim de solicitar mais fiscalizações, principalmente por se tratar de objetos e alimentos que estão presentes em nosso cotidiano”, conclui.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste