Feromônios sintéticos amenizam o estresse de cães e gatos
Tutores tratam os pets como filhos e essa humanização pode causar alterações comportamentais; substância sintética é aliada para o bem-estar animal

Tratar cães e gatos como filhos é uma prática bem comum entre os tutores. “Esse processo de humanização dos pets tem gerado inúmeras oportunidades: serviço clínico especializado, oferta de espaços como creche e hotel, estética animal, entre outros. Entretanto, é importante lembrar que cada espécie, por mais que conviva no ambiente familiar, ainda possui suas particularidades e quando essas condições não são respeitadas (muitas vezes por falta de conhecimento do tutor), o animal pode apresentar alterações comportamentais como ansiedade, marcação territorial excessiva com urina, latido excessivo e agressividade”. Essas importantes orientações foram dadas aos acadêmicos do curso de Medicina Veterinária da Unoeste nesta quarta-feira (6), pela veterinária técnica de campo da Ceva Saúde Animal, Denise Theodoro da Silva.
A atividade foi desenvolvida por meio de uma parceria entre a graduação da universidade e a Pazin Vet que é a representante do Ceva Saúde Animal em Presidente Prudente. Segundo Denise, o uso dos feromônios sintéticos pode resultar no conforto e no bem-estar de cães e gatos em situações estressantes como mudanças, visitas ao veterinário e muito barulho. “Os feromônios são sinais químicos produzidos naturalmente em algumas partes do corpo do animal e que servem para realizar a comunicação entre os indivíduos da mesma espécie. O laboratório Ceva, em décadas de pesquisa, além de identificá-los, conseguiu sintetizar três feromônios felinos (linha Feliway) e um canino (Adaptil) que são utilizados por veterinários de todo mundo”, explica.
Ela comenta que a utilização de feromônios sintéticos na rotina clínica tem como objetivo amenizar o estresse do paciente, trazendo conforto e bem-estar e com isso, o médico veterinário pode realizar uma consulta mais calma e tranquila, diminuindo riscos de agressão ou de acidentes, tanto para com o animal, quanto para o profissional. “Um atendimento tranquilo, além de ser uma experiência positiva para o paciente, também conta muitos pontos com o tutor. Durante a minha palestra, falei sobre as principais alterações comportamentais que podem ter complicações clínicas, a utilização dos feromônios sintéticos na rotina clínica e apresentação de dois programas que dão instruções sobre como realizar um atendimento com qualidade e bem-estar animal”.
Matheus Lopes Bomfim é promotor técnico veterinário da Pazin Vet. Ele pontua que é muito importante manter parceria com uma das maiores universidades do Estado de São Paulo. “Temos a oportunidade de apresentar alguns dos nossos produtos, como por exemplo, esses feromônios que serão coadjuvantes no atendimento clínico evitando o estresse e a contenção mais brusca, promovendo assim o bem-estar dos animais. Além disso, a Pazin Vet vem fazendo um trabalho com amostras de medicamentos para auxiliar na rotina, promovendo a experimentação e, consequentemente, o resultado dos produtos que podem gerar uma demanda”.
Ex-aluno da Unoeste, ele declara que é um prazer imensurável ter uma relação estreita com o ambiente onde se graduou. “Sou muito grato aos professores e veterinários do Programa de Aprimoramento Profissional do curso que sempre me recebem com muito entusiasmo e atenção. Estar do lado de fora e poder ajudar de alguma forma é muito satisfatório”.
Para a diretora da graduação Glaucia Prada Kanashiro, as parcerias servem de base para o crescimento de ambos os lados: aumentam a credibilidade do curso e acabam sendo uma vitrine do nosso trabalho. Ela explica que a palestra foi organizada pelo Centro Acadêmico de Medicina Veterinária Dr. José Giometti (Cagio), sendo que todo o valor arrecadado será convertido na compra de feromônios. “Esses coadjuvantes são muito importantes e eficazes na rotina de atendimento do felino. Estamos adequando um de nossos ambulatórios para o atendimento exclusivo desses animais, também conhecido por Catfriendly. Nesse sentido, buscamos parceiros que contribuam e possam também expor os seus produtos que fazem esse tipo de atendimento ficar mais tranquilo”, conclui.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste