Metodologia ativa favorece o ensino na área de informática
Aplicação da Team Based Learning (TBL) apresenta bons resultados para alunos de programação de computadores

Em tempos de significativos avanços tecnológicos e da busca por inovações no processo de ensino e de aprendizagem, a metodologia ativa Team Based Learning (TBL) ou Aprendizagem Baseada em Equipes (ABE) tem motivado estudos científicos para analisar sua aplicação em diferentes áreas do conhecimento.
A mais recente pesquisa desenvolvida na Unoeste, junto ao Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Educação, aponta bons resultados do uso dessa metodologia aliada à tecnologia no ensino e na aprendizagem de programação de computadores em um ambiente colaborativo, de trabalho em equipe.
A autora do estudo, Ana Paula Ambrósio Zanelato Marques, professora universitária formada em ciência da computação e especialista em desenvolvimento de sistemas para ambientes web, esteve inserida na pesquisa que envolveu 13 estudantes de Sistemas de Informação.
Ao fazer a defesa pública de sua dissertação, na tarde desta terça-feira (26), disse que a coleta de dados correu mediante intervenções pontuais ao longo do primeiro semestre do ano passado: aplicações de questionário durante processo, observações da professora, registros em diário de bordo e atividade de grupo focal.
Na análise dos dados houve a constatação de que a metodologia em questão foi avaliada positivamente pelos estudantes, pela estrutura e pelo dinamismo do trabalho em equipes que foram se fortalecendo com a integração dos envolvidos em interações que se tornaram mais intensas e colaborativas, com maior responsabilidade de cada um.

Ana Paula comentou que a metodologia respondeu plenamente ao propósito da aprendizagem significativa e o desenvolvimento de habilidades em trabalho colaborativo, iniciado com estudo prévio do conteúdo que favoreceu a comunicação e argumentação, resultando em motivação e na percepção da autoeficácia.
“As atividades práticas possibilitaram a aprendizagem a partir da experiência, com iniciativa e cooperação como fontes de criatividade inserindo o estudante no centro do processo”, pontou e contou que 100% dos alunos entenderam que o conteúdo da disciplina foi melhor compreendido em relação às aulas tradicionais.
O índice de satisfação foi alto: 92,31%, embora os estudantes envolvidos na pesquisa tenham encontrado algumas dificuldades com relação aos textos e o tempo disponível para estudá-los previamente, seguindo o conceito de aula invertida. Outra dificuldade foi trabalhar em equipe.
Além dos índices satisfatórios, outro fato significativo foi o desenvolvimento do software TBL Active, feito pela autora do estudo. Uma plataforma gratuita para auxiliar na aplicação da metodologia e que já tem mais de 1,2 mil profissionais cadastrados, conforme disse durante a defesa pública.
Ana Paula, graduada e especialista pela Unoeste agora se torna mestre em Educação pela mesma instituição, sendo a banca examinadora composta por sua orientadora Dra. Raquel Rosan Christino Gitahy juntamente com o Dr. Sidney de Oliveira Souza e o Dr. Klaus Schlünzen Junior, convidado junto ao campus da Unesp em Presidente Prudente.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste