Projeto Aplicativo visa melhora no atendimento hospitalar
Acadêmicos de Enfermagem, através do Estágio Supervisionado, levantaram situações e propuseram soluções

O processo de acolhimento humanizado direcionado aos pacientes e acompanhantes na atenção terciária e a passagem de plantão foram assuntos levantados pelos funcionários de enfermagem do Hospital Regional de Presidente Prudente (HR) para serem trabalhados por acadêmicos do 8º termo da graduação da Unoeste através do Projeto Aplicativo.
Os resultados das atividades desenvolvidas no hospital, como parte da disciplina Estágio Supervisionado 2 do curso de Enfermagem, foram apresentados na manhã desta quinta-feira (30), no Anfiteatro 1 do HR às professoras responsáveis Rosângela de Agostini e Ana Maria Silva Camargo, além da docente Stela Cruz Faccioli, à coordenadora Maria Nilda Camargo de Barros Barreto e a funcionários do hospital, representados pela responsável técnica de enfermagem Rosinês de Jesus Neves Oliveira.
De acordo com a professora Rosângela, o objetivo principal do Projeto Aplicativo é desenvolver a transformação da realidade do ambiente hospitalar através de um trabalho técnico-científico, que possibilita a ampliação do pensamento estratégico dos acadêmicos. “Eles selecionam junto com a equipe da unidade em que eles fazem estágio alguma situação. A partir daí eles começam a analisar acontecimentos, procuram as causas, as soluções e desenvolvem uma proposta de mudança, colocam em prática e depois avaliam os resultados de todo o processo. Todo este trabalho eles fazem articulados com todos os profissionais envolvidos no hospital”, explica.
Os alunos são divididos por unidade de internação como a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), UTI Coronária, Posto de Saúde Enfermaria, Sala de Emergência, Clínica Médica Geral, Clínica Médica Especialidade, Clínica Cirúrgica Geral e Clínica Cirúrgica Especialidade. “Cada acadêmico observa a realidade no seu setor, é aplicado um questionário aos funcionários, e depois é feito o levantamento dos principais problemas, sendo selecionado o mais mencionado pelos enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem daquela unidade”, fala.
A professora salienta ainda que a partir do momento em que o projeto desenvolve habilidades como a liderança, a comunicação, a pesquisa, análise estratégica e articulação com pessoas, por exemplo, eles aprendem na prática como resolver situações dentro do ambiente de trabalho. “É uma atividade extremamente importante para a formação desses alunos. Ela dá subsídios para depois, no mercado de trabalho, diante de uma situação conflituosa, este acadêmico apresentar pró-atividade e pensamento estratégico para resolver”, diz.
Amanda Simões, representante do grupo que analisou as questões voltadas à troca de plantão, revela que foram realizadas capacitações com os funcionários, orientações sobre um protocolo que já existe dentro do hospital, além de um vídeo produzido pelos próprios alunos para a conscientização sobre a importância de realizar a passagem de plantão de forma adequada. “Uma simples passagem de plantão pode interferir na segurança do paciente e na qualidade da assistência, já que a ação é fundamental para que seja dada uma continuidade ao tratamento. Se o seu colega que está saindo não te passar as informações necessárias, não há como desenvolver o trabalho da melhor maneira, interferindo diretamente no paciente, que é o nosso foco principal”, salienta.
Para a acadêmica Ana Rúbia Pavão Lomas, que fez parte do projeto relacionado à humanização, algumas das ações desenvolvidas foram reuniões com os líderes de serviço de enfermagem, sensibilização da equipe multiprofissional, implementação de caixa de sugestão aos pacientes e acompanhantes, dinâmicas, entre outras. “O HR é o maior hospital da região, então, estar inserida neste cenário, através da parceria com a universidade, nos dá um campo imenso de possiblidades e oportunidades de desenvolvermos não somente projetos como este, mas também de aprender na prática toda a rotina do ambiente hospitalar”, conta.
De acordo com a responsável técnica de enfermagem do HR, Rosinês Oliveira, o Projeto Aplicativo possibilita que o aluno atue junto ao profissional enfermeiro, supervisionado pelo professor, tendo a oportunidade de realizar planejamento da assistência ao paciente, executar atividades de maior complexidade e coordenar equipes. Tudo isso atende ao principal objetivo: melhorar os processos assistenciais dentro do hospital. “A Unoeste é uma grande parceira da nossa instituição e o curso de Enfermagem sempre nos apoiou fortalecendo a interação ensino e serviço. O HR oportuniza aos alunos a execução de suas atividades práticas, ao mesmo tempo em que o acadêmico inserido neste cenário aprende e contribui para a prática profissional”, fala.
Resultados
Depois de quase quatro meses de trabalho com a equipe de enfermagem do Hospital Regional, em relação às questões levantadas através do Projeto Aplicativo, os estudantes da Unoeste chegaram às seguintes conclusões:
“De modo geral, os profissionais se sensibilizaram com o tema abordado, refletiram sobre suas ações e começaram a realizar as atividades propostas, em conjunto com a coordenadora do setor, de entrar em todos os leitos, conversar com a família, ouvi-los e tirar todas as dúvidas que estiverem ao seu alcance”, conforme a conclusão apresentada pelo grupo do projeto, que busca a melhora no processo de acolhimento humanizado direcionado aos pacientes e acompanhantes na atenção terciária.
Já o grupo que trabalhou na passagem de plantão apresentou as seguintes considerações finais: “Foi observada uma melhora da assistência, promovendo a continuidade e a segurança do paciente. Ao HR, conclui-se que houve adesão ao projeto, com funcionários participando ativamente das reuniões e capacitações. Em relação aos colaboradores, houve a compreensão da importância da passagem de plantão, embasado no protocolo institucional, ocasionando mudanças na prática”.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste