Palestra aborda os 150 anos da Tabela Periódica
ONU proclama 2019 como o Ano Internacional da Tabela Periódica e assunto integra programação de evento da Química

Você sabia que 2019 é o Ano Internacional da Tabela Periódica? A homenagem foi proclamada pela Organização das Nações Unidas (ONU) e o objetivo é ampliar a consciência global e a educação em ciências básicas. A escolha também se deve pelo fato de há 150 anos o cientista russo Dmitri Mendeleev ter criado a primeira tentativa de organização dos elementos químicos. O assunto foi tema da palestra ministrada, nessa quarta-feira (28), pelo professor da Unesp Dr. Gustavo Gibim, durante o 11º Ciclo de Palestras do Profissional de Química da Unoeste.
O palestrante falou sobre a história da ciência e frisou que apesar de Mendeleev ser conhecido como o pai da tabela periódica dos elementos, essa foi uma criação coletiva, inclusive com a participação de várias cientistas mulheres. Explicou que a tabela e a lei periódica foram a base para uma sistematização do estudo dos elementos químicos e seus compostos. “Retomar a história contribui para entender melhor a ciência, o seu processo, de como ela foi construída, com erros e conflitos envolvendo. Isso influência no trabalho tanto do professor de química quanto do pesquisador e bacharel”, pontua Gibim.
A coordenadora do curso de Química da Unoeste, Dra. Patrícia Antunes, ressaltou que a ciência é cheia de histórias e sua evolução não é linear. “É que os livros didáticos organizam tudo isso para que possamos entender de maneira evolutiva e linear, mas não foi o que aconteceu. A tabela periódica não foi diferente, com conceitos que foram construídos e desconstruídos”. Patrícia reforçou ainda a presença feminina no universo científico. “Mais de 50% dos artigos publicados mundialmente são escritos por mulheres. No Brasil, também temos a estimativa de que aproximadamente 55% dos artigos submetidos à Fapesp, que é a principal agência de fomento, são assinados por mulheres”, diz.
Naiara Maria Pavani, aluna do 5º termo do bacharelado, faz parte dessa crescente estatística mencionada por Patrícia. Ela afirma que foi escolhida pela química e acabou se apaixonando pela área. “Hoje, eu faço iniciação científica, estou em grupos de pesquisa. Um que analisa a qualidade das águas e outro que estuda tijolos ecológicos, através do lodo, vinhaça, garrafa pet e isopor, inclusive já temos duas patentes”, comenta. Sobre a vida universitária, ela afirma que não poderia estar em melhor lugar. “Aqui, na Unoeste, temos excelentes professores que estão sempre dispostos a nos ajudar, fora a infraestrutura que não tem igual!”.

Encontro de egressos
Na sexta-feira (30), ex-alunos da Química Unoeste retornam à universidade para compartilhar experiências com os acadêmicos durante o bate-papo: “Formado e Agora? Perspectivas e realidades”. A atividade também contará com a participação de alunos e professores da Escola Técnica Carmelina Barbosa do Centro Paula Souza de Dracena (SP).
Dentre os egressos participantes, estão os bacharéis em Química Amanda Fernandes Oliveira Celestrino, Guilherme Dognani e Rodrigo Henrique dos Santos Fernandes. Guilherme, formado em 2013, conta que durante a graduação já fazia iniciação científica e foi essa vivência que o levou a dar continuidade aos estudos em mestrado e doutorado na Unesp. “Durante o doutorado tive o privilégio de passar um ano pesquisando em uma universidade norte-americana, onde conheci técnicas novas e aprimorei a segunda língua. Tenho como previsão para a defesa de tese março de 2020”, conta.
Para quem está se formando, o pesquisador afirma que o principal é fazer o que gosta. A área da química é ampla e inclui indústrias de diferentes setores, além de laboratórios de análises clínicas, ambientais, farmacológicas, etc. Tem também a sala de aula e a pesquisa científica. Outro ponto importante é ser ousado, não ter vergonha de pedir estágios e de conversar com pessoas que trabalham na área de interesse. Resumindo, se prepare para o mercado de trabalho, antes de buscar sua vaga”, frisa.
A Amanda se formou em 2016 e fez o MBA em Gestão da Produção e Operações na Unoeste. Conta que desde o início do curso fazia estágios. Atuou no controle de qualidade da empresa Fosferpet, depois na Alimentos Wilson, onde entrou como aprendiz no Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento, mas com três meses de trabalho foi efetivada, e lá permanece até hoje. “Retornar para a Unoeste e compartilhar a minha trajetória com os estudantes é mais uma experiência incrível. As dicas que dou são: conhecer pessoas com ideias e experiências diferentes, fazer novos contatos, ficar atento às oportunidades e dar sempre o melhor de si, pois conquistar um bom cargo e salário demanda tempo, paciência, dedicação e muito esforço!”.
Já Rodrigo Henrique, formado na 1ª turma, logo que se formou trabalhou como analista de laboratório na empresa de Bebidas Funada, depois foi operador de ETA na Usina Cocal, responsável químico na Ciacollor e na sequência assumiu o mesmo cargo na empresa de produtos de limpeza e higiene Viol, e desde 2018 atua na Nalco Water/Ecolab, como representante técnico. “Meu trabalho está relacionado com o tratamento de água para consumo, para sistemas de aquecimento e resfriamento e para tratamento de efluentes”, explica. Para quem está prestes a sair para o mercado de trabalho, o químico alerta: “não tenha medo, corra atrás, busque conhecer e encare os desafios, que foi o que eu fiz”, finaliza.
Saiba Mais – Confira a programação completa 11º Ciclo de Palestras do Profissional de Química da Unoeste no site.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste