Biologia traz discussão sobre incêndio no Museu Nacional
Abertura da semana acadêmica trouxe profissional da UFRJ para falar sobre a lição que a tragédia trouxe para o patrimônio brasileiro
Em comemoração ao Dia do Biólogo, lembrado nessa terça-feira (3), foi realizada na Torre de Cristal, no campus II, a abertura da 8ª Semana de Biologia e do 7º Encontro de Egressos do curso da Unoeste. O evento, que tem como principal objetivo promover a integração entre estudantes, ex-alunos, professores e profissionais da área, recebeu a bióloga do Museu Nacional do Rio de Janeiro – Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Kamila Luisa Nogueira Bandeira, que ministrou a palestra “O Museu Nacional, um ano depois: uma lição para qualquer patrimônio”.
De acordo com a palestrante, que atua como doutoranda e pesquisadora do Museu Nacional, muitas pessoas não têm ideia da proporção que foi o incêndio no local há um ano e o acervo que foi perdido na tragédia. Por isso, estar em uma semana acadêmica para falar a estudantes e futuros biólogos sobre isso além de gratificante, é esclarecedor. “Estou aqui para mostrar para eles as consequências negativas, mas também as positivas que resultaram desse incêndio”, explica.
Ela conta que está na instituição há 10 anos e que a perda desse último ano, pós incêndio, foi inestimável não só para o Brasil, mas para o mundo inteiro. “Acredito que serviu de lição para os museus de todo o planeta sobre a valorização de seus patrimônios, do acervo histórico, científico e infraestrutura. Depois desse incêndio, outros museus aqui no Brasil estão passando por reformas urgentes. Dessa maneira que enxergamos esse viés positivo para o país”, salienta.
Kamila, que está pelo segundo ano consecutivo participando como palestrante na Semana de Biologia da Unoeste, conta que dessa vez infelizmente o cenário é muito diferente de 2018. “Estive aqui ano passado para comemorar a descrição, através do meu mestrado, do maior dinossauro do país, encontrado em Presidente Prudente. Agora voltei para falar sobre a tragédia no Museu Nacional do Rio de Janeiro, infelizmente um assunto com uma carga mais negativa, porém, essencial para a reflexão e aprendizado desses estudantes”, diz.
Para o coordenador da graduação, Dr. Silvério Takao Hosomi, este assunto foi escolhido para a abertura da semana acadêmica porque os museus são muito importantes para os biólogos, principalmente o acervo de ciências naturais. “Muitos animais, plantas e fósseis foram perdidos nesse incêndio. É essencial que os estudantes se deem conta da importância de um museu e que a partir dessa tragédia, possam colaborar com a construção desse patrimônio perdido”, fala.
Ravena Otaviano está no 4º termo de Ciências Biológicas. De acordo com ela, que está pela primeira vez participando da semana acadêmica, a programação diversificada através de palestras e minicursos chamou bastante sua atenção, principalmente a atividade da próxima sexta-feira (6), que trará um minicurso sobre perícia criminal. “Esta é inclusive a área que quero seguir depois de formada. Estou muito ansiosa e feliz que poderei me aprofundar neste assunto”, conta.
Comemoração
Sobre o Dia do Biólogo, comemorado nessa terça, dia 3 de setembro, a professora Dra. Ana Paula Nunes Zago Oliveira ressalta a importância da participação dos acadêmicos, tanto na organização da Semana de Biologia, quanto na participação dos demais, que lotaram a Torre de Cristal na noite de abertura. “Nada aqui é para nós, professores, tudo é feito com muito carinho para o aprendizado de vocês, alunos. Neste Dia do Biólogo parabenizo a todos e espero que vocês tenham consciência da nossa profissão, já que temos uma área muito ampla de pesquisa e atuação, e isso só aumenta nossa responsabilidade enquanto profissionais”.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste