Alunas da Medicina obtiveram excelente proveito na Itália
Intercâmbio possibilitou contato com outra cultura e conhecer de perto o avanço com a tecnologia robótica

Recebidas em intercâmbio pela Universidade de Pisa (Unipi), três alunas do curso de Medicina do campus da Unoeste em Jaú tiveram excelente proveito na Itália. Inicialmente iriam pelo programa visiting student as irmãs Fernanda e Fabiana Zaidan que convidaram a colega de turma Bianca Gaioto. “Foram dias de intenso crescimento pessoal e profissional. Estar em contato com outra cultura e vivendo a medicina com a tecnologia que envolve toda cirurgia robótica foi maravilhoso”, afirma Fernanda e acrescenta que outro aspecto importante foi aprimorar as línguas italiana e inglesa.
“Pudemos perceber o quanto as cirurgias minimamente invasivas são especiais no quesito da recuperação quase imediata dos pacientes e o nível de segurança que dela advém, com a precisão que o robô transmite às suas pinças. O campo de visão, com aumento de até 15 vezes, permite que os traumas a vasos sejam minimizados, quase não existindo perda sanguínea. O risco de contaminação é reduzido. É realmente inovador!”, conta Fernanda sobre vivências na universidade italiana.
Cronograma com várias atividades
A recepção às brasileiras foi pelo professor Dr. Tommaso Smoncini, em atendimento ao pedido do professor fisioterapeuta Dr. Vinícius Cestari, que fez pós-doutorado na Universidade de Pisa, onde são utilizadas tecnologias de ponta, incluindo o robô da Vinci para cirurgias robóticas. “Nos centros cirúrgicos de Cisanello, o médico operador do Da Vinci Xi permanece dentro do centro, mas soubemos que o sistema operatório do robô pode funcionar remotamente, o que reduz incrivelmente as barreiras: um médico de outra cidade pode operar o robô a distância”, comenta.
“É perfeito! Os cursos para ter habilitação de operar o Da Vinci são realizados pela Intuitive Surgical, empresa que lidera a tecnologia de robótica aplicada em cirurgias minimamente invasivas e que no Brasil é representada pela H. Strattner. Mas, na internet encontramos grandes hospitais e núcleos de ensino certificado que oferecem o curso necessário para a habilitação. Nossas atividades foram realizadas em dois blocos hospitalares ligados à Università di Pisa: o Ospedale di Santa Chiara e o Ospedale Cisanello”, conta Fernanda.
“As atividades foram variadas de acordo com o cronograma dos residentes e médicos do hospital. Tivemos oportunidade de acompanhar atividades ambulatoriais na área de ginecologia e cirurgias tradicionais (aberta) de histerectomias, salpingectomias bilaterais, ooferectomias, retirada de tumores de colo; histerectomias totais e acompanhamos cirurgias de outras áreas, como por exemplo: tireoidectomias por via transaxilar, uma técnica moderna que não deixa cicatrizes visíveis no pescoço. Fantástica!”, diz.
Vivências muito enriquecedoras
Fernanda conta que o primeiro a recebê-las foi o médico ginecologista Dr. Andrea Giannini, professor da Unipi, no Department of Clinical and Experimental Medicine MD research activity on low-impact and minimally invasive surgery, Enhanced Recovery After Surgery paths; amigo do Dr. Cestari. “Fomos muito bem recebidas por ele que nos explicou sobre todo o funcionamento do hospital, nos deu cópias dos cronogramas e códigos das salas de relax dos residentes, de portões de acesso do bloco hospitalar e todos os blocos operatórios”, relata.
Fernanda diz ainda que o Dr. Andrea foi quem as apresentou formalmente a todos os residentes, para que pudessem acompanhá-los, e para todo pessoal da enfermagem. Também foram recebidas pelo Dr. Tommaso Simoncini, professor titular de ginecologia e obstetrícia da Universidade de Pisa, que exerce outras importantes funções, e junto ao qual abriram a bandeira da Unoeste, em seu gabinete. Estiveram com o Dr. Simone Santochi, chefe do Departamento de Internacionalização da Unipi. “Eles estão muito acostumados a receber estudantes de todas as partes do mundo. Então, todos foram bem receptivos”, comenta.
A viagem proporcionou outras vivências, igualmente muito enriquecedores. Como chegaram três dias antes do início do intercâmbio acadêmico, fizeram um tour de três dias em Roma. Depois seguiram de trem para Pisa, em viagem de três horas e meia, da Stazione Roma Termini à Stazione di Pisa Centrale. Elas se hospedaram em apartamento na região do centro histórico de Pisa, pela conveniência de ficarem a 500 metros do Ospedale di Santa Chiara. Durante a estada do visiting student foram conhecer algumas cidades da região da Toscana e estiveram em Firenze, Viareggio, Cecina e Livorno.
Possíveis novas oportunidades
Para o professor Dr. Vinicius Cestari é motivo de orgulho pelas alunas que fizeram a internacionalização acadêmica e que tiveram uma vivência com cientistas, professores, médicos que são tidos como lideres em suas áreas de atuação, em uma universidade tradicional, onde os equipamentos são de ponta. “Tenho certeza que essa experiência mudou a vida e a perspectiva delas sobre a medicina. Pois, quando se tem essa convivência com outra cultura, outra realidade, você acaba ampliando os horizontes; trazendo novas perspectivas que podem ser aplicadas e utilizadas aqui em nossa universidade. Foi uma oportunidade de ouro, que puderam aproveitar ao máximo e trouxeram ótimos relatos dessa experiência”, afirma.
Conforme o coordenador do curso de Medicina da Unoeste em Jaú, Dr. José Oliveira Costa Filho, o intercâmbio de estudantes entre instituições é sempre uma oportunidade muito proveitosa, tanto para os estudantes quanto para a instituição, na medida em que permite o compartilhamento, a troca de conhecimento, de expertise, dos modelos de ensino e aprendizagem e da assistência à saúde. E quando o intercâmbio é internacional, a vantagem é ainda maior. “Principalmente quando nós estamos falando de um dos melhores e maiores centros de medicina da Europa, que é a Universidade de Pisa”, pontua.
“Essas estudantes tiveram a oportunidade de conhecer uma realidade de assistência de ponta. Então, é o que há de mais avançado no mundo e que não se encontra em qualquer lugar, mas em apenas alguns lugares específicos. Além de proporcionar construir network com médicos, pesquisadores, professores europeus e que podem na sequência oportunizar outros encontros, outros intercâmbios, talvez de estudantes de lá, dentro da nossa Unoeste ou de outros estudantes nossos para a Universidade de Pisa”, estima o coordenador.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste