Pesquisa gera modelo de formação docente voltada à inclusão
Diferencial está na Aprendizagem Baseada em Problemas e criação de recursos pedagógicos com Tecnologia Assistiva de baixo custo
A pesquisa que resultou na tese “Aprendizagem Baseada em Problemas na formação de docentes da classe comum: criando recursos pedagógicos com tecnologia assistiva de baixo custo” gera modelo de preparação para trabalhar inclusão.
Dentre as conclusões encontradas pela autora, a professora Gilda Pereira da Silva, há a constatação de que a Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP) constitui metodologia de grande relevância para formação de professores de classe comum.
Condição potencializada quando articula a criação de recursos pedagógicos de Tecnologia Assistiva (TA) de baixo custo. Neste caso; a pesquisa utilizou a plataforma educacional BeActive.
A pesquisa e sua construção metodológica, a elaboração da tese bem estruturada, a qualidade conteúdo e a vivência profissional da autora encantaram a banca examinadora da defesa pública, com a sugestão de publicação de livro.
Migrante nordestina, de Alagoas para São Bernardo do Campo, e que se formou em pedagogia, Gilda iniciou carreira docente em escolas da periferia e tomou posição de defesa e amparo das crianças com necessidade de atenção especial.
Metodologia aplicada
Então, desde logo adotou a prática pedagógica de inclusão, cuja experiência teve relevância na produção da pesquisa-intervenção com dez professores de uma escola pública do oeste paulista.
A partir de estudos bibliográficos, a pesquisa-intervenção aplicou questionário para levantamento de perfis dos professores participantes e seus conhecimentos prévios sobre as temáticas de tecnologia assistiva.
O passo seguinte consistiu na oferta de formação docente continuada, a partir da ABP, com apoio da plataforma escolhida; culminando na criação de recursos pedagógicos com tecnologia assistiva de baixo custo.
Procedimento que resultou em exercício de inventividade e compromisso social. Identificadas barreiras de aprendizagem por alunos, os professores desenvolveram soluções pedagógicas para promover autonomia, equidade e participação.
Conforme a autora da tese, as análises dos resultados permitem afirmar que a ABP, articulada com a criação de recursos, mostrou-se como potente instrumento de transformação da prática docente.
Contribuição principal
“A contribuição principal ocorre com a demonstração prática de que é possível trabalhar professores para desenvolver soluções pedagógicas inclusivas, mesmo em contextos de restrição de recursos”, pontuou durante a defesa pública na quarta-feira (10).
A pesquisa desenvolvida junto ao Programa de Pós-graduação em Educação (PPGE) da Unoeste, em Presidente Prudente, teve a orientação da professora doutora Raquel Rosan Christino Gitahy.
As avaliadoras internas foram a Dra. Danielle Aparecida do Nascimento dos Santos e Dra. Elisa Tomoe Moriya Schlünzen (on-line). As externas: Dra. Adriana Aparecida de Lima Terçariol e Dra. Rosiley Aparecida Teixeira, ambas da Uninove e on-line.
A Dra. Rosiley abriu as arguições avaliando a estrutura da tese e seus conteúdos, para afirmar que a inclusão se efetiva pela prática pedagógica e parabenizar a autora e orientadora pelo resultado alcançado com a pesquisa de quatro anos.
Aprovação com louvor
Com entendimento da tese com construção sólida, bem estruturada, com rigor metodológico e coerente do começo ao fim, a Dra. Adriana também enalteceu a autora e orientadora, inclusive pela contribuição relevante da tese.
Para a Dra. Danielle, a incorporação do recurso da BeActive potencializou o trabalho formativo, mostrando ser possível a atuação colaborativa entre professores do atendimento educacional especializado e de classe comum.
Ao fechar suas considerações, a Dra. Elisa disse que a pesquisa, que resultou na tese, traz luz para problemas que existem na educação inclusiva; reafirmando o entendimento da publicação de livro.
A Dra. Raquel manifestou satisfação em ter orientado a professora Gilda Pereira da Silva que teve sua tese aprovada para que receba o título de Doutora em Educação, junto à Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (PRPPG) da Unoeste.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste