Bebês precisam brincar para aprender
Brincadeiras permitem conhecer o mundo e interagir com ele; para cada fase, estímulos são diferentes

Pais e educadores reconhecem que as brincadeiras têm grande influência sobre o desenvolvimento das crianças, mas nem todos sabem de sua importância para os bebês: mais do que distração, desde muito cedo brincar é sinônimo de aprender. Em cada fase, a brincadeira corresponderá a uma maneira de aprender e o bebê, aos poucos, vai conhecendo melhor o mundo que o cerca e aprendendo a interagir com ele.
A professora do curso de Pedagogia, da Faclepp (Faculdade de Ciências, Letras e Educação de Presidente Prudente), da Unoeste, Rosiléia Cíntia Fabiam, afirma que a partir dos três meses a criança manifesta interesses por cores, formas e movimentos de pessoas e objetos, acompanhando-os atentamente com o olhar.
Segundo a Rosiléia, nessa fase, os pais podem colocar móbiles e almofadas próximos da criança. Eles servem para proporcionar estímulos visuais e para que a criança possa ter diferentes perspectivas de visão do ambiente que a cerca.
Bebês têm o hábito de levar objetos à boca para conhecer e explorar o mundo. A professora recomenda que esses objetos sejam de cores e formas diferentes, macios, limpos, não tóxicos e com tamanho suficiente para não serem engolidos.
As fases - Entre o sexto e o 12º mês de vida, brincadeiras simples como o esconde-esconde e atirar objetos no chão permitem à criança formar a consciência de que pessoas e objetos ausentes podem ser recuperados.
De acordo com Rosiléia, brincar na água morna, com brinquedos de borracha e plástico, proporciona à criança a volta ao contato com o meio líquido, onde viveu como feto. Por isso, seu efeito é, geralmente, tranqüilizador e relaxante.
A partir dos 12 meses aparece o interesse por brincadeiras de encaixe e empilhamento de objetos, e a curiosidade pelo que se encontra dentro dos recipientes. “Nessa fase, aumenta a busca pelas relações causa e efeito. A criança nota que pode alterar a configuração do ambiente e observa as conseqüências do seu ato”, explica Rosiléia.
A professora acrescenta que, nesse período, a linguagem e o desenvolvimento motor aparecem num ritmo surpreendente. Os pais devem conversar bastante com a criança, nomeando ações, partes do corpo, objetos e lugares corretamente, incentivando-as a repetir, para que associem eventos e ampliem sua comunicação com outras pessoas.
Quanto ao desenvolvimento motor, a professora comenta que uma das grandes brincadeiras da criança é morder. “As mordidas são formas de percepção e comunicação com mundo. Com essa brincadeira, é possível distinguir tamanhos, formatos e texturas”, diz.
A aprendizagem por meio das brincadeiras é natural e saudável aos bebês. Cada um tem seu próprio ritmo de desenvolvimento e os pais jamais devem forçá-los. As diferenças entre as crianças existem e devem ser respeitadas.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste