Incubadoras Tecnológicas fortalecem empresas no mercado
Credenciada à Rede Paulista de Incubadoras de Empresas de Base Tecnológica, Intepp poderá pleitear recursos

A Incubadora Tecnológica de Presidente Prudente (Intepp) completa, em outubro, oito anos de existência. Ao todo, já foram 12 empresas incubadas, sendo cinco graduadas nos últimos quatro anos. Número que agrada os envolvidos na empreitada. “Contribuir para fortalecer uma empresa no mercado é uma grande conquista”, destaca o presidente do conselho, Emerson Silas Dória – coordenador do curso de Ciência da Computação da Unoeste.
O ano é mesmo de comemorações. Após ter se tornado a nova filiada da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), recentemente, a Intepp obteve credenciamento provisório à Rede Paulista de Incubadoras de Empresas de Base Tecnológica (RPITec) – órgão vinculado a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Governo do Estado. Parcerias que devem contribuir ainda mais para a expansão da incubadora.
Conforme o presidente, o credenciamento foi possível porque a incubadora de Prudente atendia grande parte dos requisitos exigidos pelo órgão. “Foi um processo demorado. Precisamos reunir uma série de documentos, ter uma quantidade de empresas residentes e graduadas, e até traçar um planejamento estratégico para os próximos anos. Um técnico do órgão também fez uma análise da Intepp”, conta. Segundo ele, uma das vantagens é a possibilidade de participar da divisão de recursos financeiros provindos do governo. “Caso seja liberado um crédito de R$ 1 milhão para a modernização das incubadoras credenciadas, por exemplo, vamos poder formular um projeto e pleitear parte do valor”, relata.
A gerente da incubadora, Fernanda Yumi Tsujiguchi, destaca que a vinculação à rede é mais um passo importante, pois possibilita maior interação com outras incubadoras tecnológicas, bem como novas possibilidades de ações para beneficiar Prudente e região. “Acreditamos que esse apoio possibilitará maior sucesso no cumprimento do nosso papel na geração de empresas, renda e empregos, além da promoção do desenvolvimento econômico e social da cidade e da região do oeste paulista”, acrescenta.
Outro fator positivo que o credenciamento proporciona é a divulgação nacional das incubadoras vinculadas. Recentemente, a Intepp recebeu o convite para estar representada na Conferência Internacional de Inovação em Parques Tecnológicos, que ocorrerá de 4 a 6 de junho, em Sorocaba (SP). “Com isso, haverá a divulgação da Intepp e, consequentemente, da cidade e dos apoiadores, como a Unoeste”, pontua Dória.
Índice de mortalidade é menor – De acordo com o relatório da Anprotec de 2006, no Brasil, existem 377 incubadoras. Somente na região sudeste são 127, sendo que na região de Presidente Prudente, a Intepp é a única de base tecnológica. As incubadoras surgiram com o propósito de reduzir o índice de mortalidade de empresas, já que os primeiros anos do empreendimento são essenciais para garantir sua sobrevivência no mercado. Segundo dados divulgados pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (Sebrae-SP), apenas 20% das empresas nascidas dentro de incubadoras não vingam, sendo que, no caso de empresas não incubadas, os índices chegam a 80%.
Incubadora Tecnológica de Presidente Prudente
Quem se arrisca a montar seu próprio negócio está sujeito a enfrentar todos os obstáculos dos primeiros anos, que podem, inclusive, levar a falência. Atualmente, a incubadora prudentina tem capacidade de abrigar oito empresas, mas a previsão é ampliar este número para 30, até o início de 2013. É que a partir do próximo semestre a nova sede será no campus II, com espaço maior de onde opera atualmente – no prédio da Faculdade de Informática de Presidente Prudente (Fipp), no campus I.
Na Intepp, as empresas podem ficar residentes por até dois anos. Lá, os empreendedores recebem toda a estrutura necessária para iniciar seu projeto, como: escritório; computadores, por meio de convênio com a prefeitura; consultores técnicos atrelados à incubadora; acesso facilitado ao meio universitário, onde podem ter contato com alunos e professores; e convênios com demais graduações para outros suportes, como a Fipp, a Faculdade de Comunicação (Facopp) e de Administração. A Intepp também é conveniada à Associação Comercial e Empresarial (Acipp), que oferece outros benefícios às empresas residentes.
“Além do custo reduzido, no período que o empreendedor mais necessita, ele também terá contato com outros profissionais, por isso, a chance de se fortalecer no mercado é maior. Num período de dois anos ele poderá ficar residente pagando uma taxa simbólica”, explica o presidente. Para orientar o iniciante, a incubadora conta com uma comissão de avaliação, composta por professores da Fipp, de outros cursos da Unoeste e da Unesp, além de pessoas da comunidade. Semestralmente, a comissão avalia as empresas residentes para ver como estão caminhando. “A proposta é direcionar o projeto para que neste prazo de dois anos, ou até menos, a empresa consiga atingir a maturidade e se manter sozinha”, afirma Dória.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste