Saúde da visão resulta em melhor rendimento na aprendizagem

Nestes tempos em que o casal passa o dia no trabalho para garantir o sustento familiar, resta menos oportunidade de convivência com os filhos. Fica mais difícil detectar quando há algum problema de saúde nas crianças e que não pode ser visto a olho nu, porém manifestado em comportamentos. É o caso de formas leves de perda visual, geralmente detectado por dificuldade de leitura ou dor de cabeça. O teste de acuidade visual é o primeiro passo e tem ajudado centenas de escolares em Presidente Prudente, num projeto de iniciativa do Banco de Olhos Maria Sesti Barbosa e Lions Clube Cinquentenário, juntamente com parceiros, entre os quais está a Pró-reitoria de Extensão e Ação Comunitária (Proext) da Unoeste.

Para a diretora da maior unidade da rede estadual de ensino em Presidente Prudente – Escola Monsenhor Sarrion com 3 mil alunos – professora Joana D´Arc do Nascimento Aguiar Coelho o projeto supre a falta de tempo dos pais para detectar, através de comportamentos dos filhos, algum sinal de problema com a visão. “Ás vezes, o professor percebe. Não é sempre”, diz. Conta que já deparou com aluno quase cego, mas que nem ele ou os pais percebiam a deficiência. “O aluno tem que enxergar. Problema na visão interfere no rendimento escolar”, afirma a diretora com larga experiência no magistério. O projeto Saúde Visual do Escolar é elogiado por ela.

O projeto contempla alunos do quinto ano do ensino fundamental. Terça-feira (8) à tarde nessa escola passaram pelos testes 129 alunos de quatro salas, com 33 encaminhados para consulta médica, num percentual de 25,58%. Os testes com a tabela de Snellen - diagrama com letras e números - foram feitos por alunos do curso de Medicina da Unoeste, orientados e acompanhados pelas professoras Magda Luzia Neves, Márcia Regina Bueno Croscioli e Rogéria Cristina Castilho Saturnino Silva. Após entendimentos entre os gestores do projeto e a direção da escola, serão agendadas as consultas – o mais breve possível – com a oftalmologista Flávia Malacrida, no Banco de Olhos.

Na Proext, o projeto tem o acompanhamento da Pró-reitora doutora Angelita Ibanhes de Almeida Oliveira Lima, do coordenador de Ações Extensivas da Saúde, Décio Gomes de Oliveira e dos assessores de Integração Comunitária, Rita Rambaldo, Darci Galbiati e Rosangela Cristóvão. Além do Banco de Olhos, Lions Cinquentenário e Unoeste são parceiros a Santa Casa, o Hospital Regional, as secretarias municipais de Saúde e de Educação, o Ministério Público e o Judiciário.

Acompanharam os testes na escola Sarrion, o presidente do Banco de Olhos, Irineu Sesti Filho, o secretário José Laury Miskulin e os enfermeiros Lucimar Cavalhieri e Thiago Vitorino, o presidente do Lions Cinquentenário, o mexicano Leobardo Calderón Cardoso juntamente com os seguintes membros: José Antônio Sallas Molina, Maria Aparecida Drimel Molina, Adriana Sônia Madrigal Juares, Célio Aparecido Fattori Jr, Everson Shinji e Tamiko Higashi Kawamura. “Nosso clube tem 47 anos e há 46 trabalhamos com a saúde visual”, conta Cardoso. O Lions oferta óculos gratuitamente.