Programa proporciona condição de vida e saúde no Brasil Novo

O maior bairro da zona norte de Presidente Prudente conta com atendimento básico humanizado e qualificado, como nenhum outro dos cerca de 300 bairros da cidade possui. O Brasil Novo, originário de lotes urbanizados e que tem uma população incluída de baixa a média exclusão social, abriga o Programa Promoção da Saúde. Uma iniciativa da Unoeste, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde. A população é atendida diariamente na unidade básica, além de receber visita domiciliar. Atendimento estendido a outros espaços públicos e de ação social. Realização que entra no quarto ano consecutivo e tem o que comemorar.

“Gradativamente fomos conquistando a confiança de todos os envolvidos, conseguimos estabelecer ótimo entrosamento com os profissionais da saúde municipal e os resultados são ótimos”, conta Ilse de Lima Arruda Storel, coordenadora do programa mantido junto à Pró-reitoria de Extensão e Ação Comunitária (Proext) e que envolve alunos e professores dos cursos de Medicina, Odontologia, Fisioterapia, Nutrição, Enfermagem, Psicologia, Fonoaudiologia e Farmácia. Uma equipe multidisciplinar que se junta aos profissionais da Unidade Básica de Saúde (UBS).

Outros espaços com os serviços são a Escola Municipal de Educação Infantil Jovita Terin, a Escola Municipal de Ensino Fundamental Rui Carlos Vieira Berbet, Associação Bethel Mão Amiga – projeto social da Igreja Presbiteriana Independente – e mais recentemente na Escola Estadual Anna Antônio, localizada em área limítrofe do Brasil Novo com o Parque Castello Branco. Nestes espaços, existem dias específicos para os atendimentos, enquanto na UBS são todos os dias, nos períodos da manhã e tarde, onde os usuários recebem atenção individual e coletiva.

As ações em grupo são com os idosos hipertensos e diabéticos, insulino dependente, planejamento familiar, combate ao tabagismo e caminhada para idosos, entre outras do amplo programa que mantém focos específicos como no caso do projeto Odonto Bebê, voltado a detectar alguma má formação na arcada dentária e para prevenir cáries. A visita domiciliar resulta de solicitação do paciente. Os estudantes levantam a realidade familiar, quanto às condições socioeconômicas e cultural. Depois, juntamente com os professores – no ambiente acadêmico – elaboram estratégias de acordo com os problemas levantados.

“É um programa em que todos os envolvidos se sentem gratificados, por ser sustentado em resolutividade, oferecendo aos moradores condições de saúde e vida. Aqui ocorre o atendimento primário preconizado pelo Ministério da Saúde, humanizado e qualificado. É um trabalho cujos resultados são obtidos com os atendimentos, mas também com as mudanças de hábito, numa troca dos nocivos pelos saudáveis”, diz Ilse em companhia das professoras Sandra Cristina Genaro (Nutrição) e Renata Augusta Beloni Digiovani (Fisioterapia), juntamente com a médica da UBS, Sueli Bueno.

Entre os usuários do serviço público de saúde mantido no Brasil Novo, a aposentada Rosa Severiano de Andrade, de 67 anos, dá um depoimento que revela uma situação generalizada. “É como se a gente tivesse na nossa própria casa. Somos muito bem atendidos. Realmente nos sentimos gente e só isso já ajuda a melhorar a nossa saúde. Adoro estar aqui. Além dos cuidados médicos que já vinha recebendo, agora passei a fazer parte da caminhada e minha saúde está cada vez melhor”, comenta. O grupo de caminhada tem o envolvimento da Secretaria Municipal de Assistência Social.