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Atividades integradas são essenciais aos negócios no campo

Junção lavoura, pecuária e floresta é possibilitar um sistema viabilizando o outro dentro do agroecossistema


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Foto: João Paulo Barbosa Atividades integradas são essenciais aos negócios no campo
Kichel durante aula na pós da Unoeste
Foto: João Paulo Barbosa Atividades integradas são essenciais aos negócios no campo
Moro, Kichel e alunos da especialização


Quando a matéria é integração Lavoura Pecuária Floresta (iLPF), o engenheiro agrônomo Armindo Neivo Kichel está entre os principais conhecedores do Brasil. Nessa condição é tratado como autoridade no assunto pela mídia segmentada e especializada. Enquanto pesquisador é disputado pela pós-graduação no país. Neste final de semana atende a Unoeste. Ministra aulas em quatro etapas – sexta (23) à tarde e à noite, sábado (24) de manhã e à tarde – na especialização iLPF, mantida junto à Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação.

Em sua fala inicial na tarde de hoje, ficou evidente de que o profissional especializado nessa área encontra um nicho de mercado expandido por todo Brasil. Como um sistema viabiliza o outro, gradativamente os proprietários rurais, com a visão de empresário do agronegócio, buscam aliar adequação ambiental com a valorização do ser humano, promovendo o aumento da produção e a viabilidade econômica de seu empreendimento. Resistem os que não têm essa visão. Cabe ao profissional que atua neste segmento quebrar essa barreira.

A resistência faz sentido. Kichel explica que não é simples a integração da pastagem com lavoura de grãos e floresta. Afirma que integração é coisa para profissional. “O produtor não tem essa obrigação do conhecimento científico, o que compete a ele é ser empresário do seu negócio. As dificuldades são muitas e cabem soluções para quem for assessorar, tanto o grande quanto o pequeno produtor, que deve se organizar em associativismo”, comentou.

Para Kichel, está na hora dos profissionais das Ciências Agrárias deixarem de trabalhar para pessoas tradicionais, aquelas que não aceitam mudanças. Essas que sobrevivam por elas, até que mudem diante dos insucessos das baixas produções. Entende que tradição é algo que se relaciona ao lazer e não ao trabalho, como o chimarrão no Rio Grande do Sul, o tereré no Mato Grosso ou o Corinthians em São Paulo. A integração está associada ao profissionalismo, da propriedade administrada como empresa e não com amadorismo.

O principal entrave da prosperidade dos negócios no campo, conforme o pesquisador da Embrapa Gado de Corte – Campo Grande (MS), está na mão de obra. Predomina gente despreparada, com pouco banco escolar, sem qualificação e resistente às mudanças. Falta treinamento, qualificação, motivação e comprometimento. Entre os pecuaristas no segmento de gado de corte, 20% toca por conta própria e nem conhece genética, 15% tem arrendado a terra para cana e 15% compra o imóvel para especulação financeira. Os outros 50% são amadores, conforme Kichel.

Porém, é diante das adversidades que o profissional da área pode ocupar espaço e se notabilizar num mercado extremamente aberto e carente, no qual a iLPF se apresenta como estratégia de produção que interliga atividades realizadas na mesma área, em cultivo consorciado, em sucessão ou rotacionado, buscando efeitos sinergéticos e potencializados entre os componentes do agroescossistema, de forma sustentável. É o que disse Kichel aos alunos da especialização e ao coordenador Dr. Edemar Moro, na tarde desta sexta-feira, antes de iniciar a aula propriamente dita.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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