Credibilidade da Unoeste atrai aporte da Agrisus à pesquisa

A Fundação Agrisus promove fomento à pesquisa. Entre suas exigências, requer comprometimento com a agricultura sustentável e que seja bom o projeto, desenvolvido numa instituição de credibilidade. Nessas condições é que oferece aporte financeiro à pesquisa na Unoeste, com auxílio aos estudos desenvolvidos no Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Agronomia – mestrado e doutorado – sobre Disponibilidade de Nitrogênio, Fósforo, Potássio e Estoque de Carbono em Rotação de Culturas nos Sistemas Plantio Direto e Convencional do Oeste Paulista.

O experimento é desenvolvido pelo professor da graduação e aluno do doutorado em Agronomia, Paulo Claudecir Gomes da Silva, com a orientação do Dr. Carlos Sérgio Tiritan e coorientação do Dr. Carlos Henrique dos Santos. Há o envolvimento de estudantes de graduação e pós, sendo Amarildo Francisquini Júnior e Wellington Eduardo Xavier Guerra pelo mestrado. Os demais são: Josiander da Costa Silva, João Guilherme Ferrari, Fábio da Silva Barbosa, Thais Araújo Correia Silva e Rafael Banacá da Silva.

No campo experimental, no campus II, são realizados os cultivos. “No verão ocorrem os cultivos de sorgo e soja. Após, é cultivado o milho safrinha consorciado com brachiaria. Os plantios são feitos pelos sistemas comum e de plantio direto. Iniciamos no segundo semestre de 2012 com sorgo e soja, agora já estamos no milho e na brachiaria. Para a pesquisa em desenvolvimento, as repetições ocorrerão durante três anos, mas o projeto terá continuidade para outros experimentos, por oito ou dez anos e até poderá ser permanente”, explica Silva.

A área utilizada com os cultivos é de 6 mil metros quadrados e sua utilização resulta de planejamento iniciado em agosto do ano passado. “O diferencial dessa pesquisa é o estudo do solo, com o procedimento de avaliações físicas e químicas. A cada colheita iremos fazer as avaliações nas fronteiras – de zero a 60 centímetros de profundidade – para saber o que ficou como remanescente da adubação, mais a decomposição gerada pelo plantio direto. Assim, pretendemos apurar diferentes graus de degradação”, conta o autor da pesquisa que se diz “filho da Unoeste”, onde graduou-se em Zootecnia, fez mestrado com área de concentração em produção vegetal e agora faz o doutorado.

A relação da Agronomia da Unoeste com a Agrisus vem de outras atividades, como as viagens técnicas de estudantes, coordenadas pelo professor doutor Edemar Moro, e na realização do Simpósio de Ciências Agrárias de Presidente Prudente (Simcapp), em 2012. Tiritan conta que a aproximação ocorreu por intermédio do secretário executivo e pesquisador Ondino Cleante Bataglia, que já esteve em eventos da Unoeste em duas ocasiões. É quem tem intermediado às solicitações da universidade junto ao presidente da Agrisus, Antonio Roque Dechen.

O coordenador do mestrado e doutorado, Dr. Fábio Fernando de Araújo, comenta que a Agrisus promove fomento à pesquisa em moldes semelhantes aos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). “Essa nossa relação com a Agrisus deve-se à credibilidade da Unoeste, possibilitando parcerias na graduação e pós-graduação. O auxílio à pesquisa é muito significativo, inclusive em se tratando de uma instituição privada, pois o mais comum é que órgãos de fomento atendam às públicas”, comenta Araújo.

Tiritan explica que o auxílio ao projeto no doutorado é essencial para uma pesquisa de qualidade. Explica que a Agrisus tem história e tradição, criada pelo engenheiro agrônomo Fernando Cardoso Penteado, fundador do Grupo Manah que de 1947 a 2000 atuou no segmento de fertilizantes e gado de corte, do qual foi diretor presidente durante todo o período. A empresa que ficou conhecida pelo slogan “com Manah adubando dá” foi adquirida pela multinacional Bunge, sendo parte do dinheiro aplicado na Agrisus, que tem sede em São Paulo, para financiar projetos na área da agricultura.