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Fórum deverá apresentar estratégias para educação no campo

Possíveis intervenções serão formuladas a partir de diagnóstico em 32 municípios do Pontal do Paranapanema


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Foto: João Paulo Barbosa Fórum deverá apresentar estratégias para educação no campo
Reunião de planejamento do fórum, realizada nesta quarta-feira
Foto: João Paulo Barbosa Fórum deverá apresentar estratégias para educação no campo
Membros da comissão que organiza o debate da educação no campo


A educação no campo é uma discussão atual, impulsionada por mobilizações sociais pelo Brasil afora. Iniciativa que recebe a adesão do Colegiado de Desenvolvimento Territorial do Pontal do Paranapanema (Codeter), formado por representantes de vários segmentos públicos e privados. A luta é por ensino com adequações necessárias às peculiaridades da vida no campo e de cada região. O debate em Presidente Prudente ganha caráter oficial com a realização do 1º Fórum Territorial de Educação e Cultura no Campo, dia 28 de junho.

Estão inseridos no Codeter do Pontal 32 municípios com população de quase 600 mil habitantes, dos quais cerca de 60 mil são do meio rural, o que representa 10%. Destes, mais de 12 mil são agricultores familiares, sendo 6,8 mil produtores que vivem em 108 assentamentos de programas da reforma agrária, em 16 municípios. Os maiores números de famílias assentadas estão em Mirante do Paranapanema (1.625), Teodoro Sampaio (856), Rosana (815), Euclides da Cunha (471) e Presidente Venceslau (454).

Boa parte das escolas rurais está instalada em agrupamentos de lotes organizados pelo Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp) ou pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Porém, alguns deles nem escola têm. É o caso do Assentamento Nova Esperança, em Euclides, onde as crianças são transportadas diariamente para a sede do município ou ao distrito de Santa Rita do Pontal, como também ocorre com os adultos que estudam à noite em Euclides. São estudantes que passam boa parte do dia nas estradas.

Em alguns casos, o transporte de escolares demora de duas a três horas. Assim, tem criança que levanta de madrugada e só volta para casa por volta das 15h. Este é um dos problemas do diagnóstico a ser apresentado no fórum que tem a proposta de elaboração de estratégias e a promoção de intervenções. O debate sobre a educação no campo passa ainda pelos conteúdos curriculares e metodologia, organização escolar e adequação do ensino à natureza do trabalho rural. A busca de soluções envolve a participação de instituições universitárias.

A Unoeste e a Unesp estão envolvidas através do ensino, da pesquisa e da extensão. Durante toda manhã desta quarta-feira (8) ocorreu a terceira reunião preparatória, na Unesp que também sediará o evento no final de junho. Será o dia todo, das 7h30 até o começo da noite. Na abertura o hino do Brasil terá a execução em viola caipira. No retorno do almoço haverá o momento cultural. Para o encerramento está prevista peça teatral com enfoque da vida no campo ou alguma outra atração cultural. Mostra e venda de produções artísticas do campo serão feitas em barracas.

Estão planejadas quatro mesas redondas, com os seguintes temas: políticas públicas de educação e cultura no campo, experiências regionais, propostas e perspectivas e construção de novas metodologias. O encerramento se dará com debates e sugestões, por volta das 18h, levando em conta o tema geral – políticas públicas: desafios e perspectivas. Terão assentos nas mesas diferentes instituições, como os ministérios de Desenvolvimento Agrário, da Educação e da Cultura e da União Nacional dos Dirigentes Municipais da Educação (Undime).

O fechamento da programação está previsto para quarta-feira da próxima semana, às 9h na sala de reuniões do Departamento de Geografia da Unesp. São vários os integrantes da comissão organizadora. Estiveram na reunião desta quarta Fátima Rotta e Kátia Kodama (Unesp), Cidinha Martines, Graziella Orosco e Érika Porceli (Unoeste), Eliane Mazzine (Itesp), Elisângela Barbosa (Plural/SDT/MDA), Lílian Cardoso (Prefeitura de Rancharia) e Zilma da Silva (Novo Tempo – a associação de produtores do Assentamento Nova Esperança).

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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