Jornada de Psicologia é iniciada com minicursos e palestra

Antes mesmo da abertura oficial, a XXVI Jornada de Psicologia da Unoeste já mobilizava profissionais da área e os acadêmicos em prol do conhecimento. Promovida pela graduação da universidade, entre os dias 27 e 29 de maio, a iniciativa forneceu durante toda esta segunda-feira (27), os minicursos “Análise do Comportamento e Terapia Infantil: da Teoria à Prática” e “Psicodrama nas Organizações: Práticas no Contexto Socioeducacional”, realizadas respectivamente nos auditórios Jacarandá e Primavera, bloco B3, campus II. No período da noite, os participantes prestigiaram a solenidade de abertura e a palestra “Considerações Psicanalíticas sobre a Morte e o Luto na Contemporaneidade”, ocorridas no auditório Azaleia.

De acordo com a coordenadora do curso, Regina Gioconda de Andrade, este evento é de grande importância. “O principal benefício é a aquisição de conhecimentos de maneira diferenciada, por meio do contato com profissionais de diversas áreas de atuação, cidades e instituições de ensino. O aprendizado fornece um embasamento complementar ao conteúdo visto em sala de aula”.

A acadêmica do 7º termo e integrante da comissão organizadora, Jéssica Vergani, diz que toda a programação foi elaborada com o intuito de satisfazer os interesses dos universitários. “Realizamos um levantamento em todos os termos sobre os assuntos que mais atraíam a atenção dos alunos. Dessa forma, após o trabalho conjunto do Diretório Acadêmico XXVII de Agosto, coordenação e professores, escolhemos os temas da jornada”. Ela destaca que foi um trabalho recompensador. “O número de inscritos superou a edição anterior, pois verificamos isso já no primeiro dia, que contemplou cerca de 120 a 180 participantes por período”, declara.

Kátia Aparecida Biazotti e Mariana Vasconcelos Silva Nastri, psicodramatistas da Coordenadoria de Saúde e Segurança do Trabalhador e Sustentabilidade Ambiental da Universidade Estadual Paulista (Unesp) foram as responsáveis pelo minicurso Psicodrama nas Organizações: Práticas no Contexto Socioeducacional. “Assim que recebemos o convite para conduzir a atividade, buscamos trazer um pouco da nossa prática profissional, com o intuito de demonstrar como aplicamos o psicodrama no contexto socioeducacional para os alunos”, conta Kátia. Mariana acrescenta que a ação apresentou aspectos como a teoria do psicodrama e técnicas dos jogos dramáticos. “De modo bem prático, proporcionamos momentos que podem ser utilizados por estes futuros psicólogos”.

Ana Beatriz Chamati é psicóloga analista do comportamento humano de um centro de pesquisa, ensino e assistência de São Paulo, denominado Núcleo Paradigma. “Durante o minicurso Análise do Comportamento e Terapia Infantil: da Teoria à Prática, tive a chance de apresentar o trabalho que realizo nesta organização, sendo assim, explanei sobre as diferentes atividades utilizadas na condução dos casos, que variam conforme a história de cada paciente, idade, história de vida e relação com os pais”.

O período noturno marcou a abertura oficial da jornada de Psicologia. Inicialmente, os participantes assistiram a Orquestra da Unoeste, que sob a regência do docente do curso de Música da instituição, André Luiz Gonçalves de Oliveira, apresentou breve repertório barroco. Após a solenidade inicial, o psicólogo e psicoterapeuta de orientação psicanalítica, Érico Bruno Viana Campos, ministrou a palestra Considerações Psicanalíticas sobre a Morte e o Luto na Contemporaneidade. “Entre as abordagens, falei sobre a tanatologia, que é o campo de estudos e trabalho sobre a psicologia da morte, segmento que cresceu nas últimas décadas e ainda é pouco conhecido, requerendo informações e profissionais preparados”, argumenta o palestrante.

Segundo ele, a sua explanação diz respeito à importância da morte na contemporaneidade e a forma de como ela é trabalhada pela psicanálise. “Estes aspectos são diferentes entre os períodos da modernidade e contemporaneidade. No primeiro, a morte era interrompida, velada, retirada do plano público e restrita aos equipamentos de saúde. Já no segundo, correspondente aos dias atuais, ela continua sendo um tabu, mas ao mesmo tempo esta escancarada, em qualquer lugar, momento, sendo vendida, apelativa e cada vez mais gratuita”, completa.

Camila Ferreira Martins cursa o 6º termo e esteve presente nas atividades do primeiro dia. “Este evento já me surpreendeu, por conta da interação diferenciada entre os participantes e profissionais responsáveis pelas atividades. Todos os assuntos que constam na programação são muito pertinentes e me fornecerão uma complementação ímpar”.

Nesta terça (28), a jornada prosseguiu com o seu cronograma. “No período da manhã, tivemos a peça teatral O Espelho Mágico, que foi apresentada pelos pacientes do Hospital Psiquiátrico Allan Kardec, sob a orientação da equipe técnica do local. Esta experiência proporcionou uma interação diferenciada deste público com o ambiente acadêmico”, encerra Regina. O evento teve o apoio da Assessoria de Eventos Acadêmicos e Científicos da Pró-reitoria de Extensão e Ação Comunitária (Proext).