CAMPUS:
0800 771 5533
Área do Egresso Aprender Unoeste
Você está em: Notícias

Língua inglesa na rede pública poderia ser explorada melhor

Constatação é feita em pesquisa sobre o currículo das práticas de língua estrangeira no ensino fundamental


email facebook twitter whatsapp Linkedin

Foto: João Paulo Barbosa Língua inglesa na rede pública poderia ser explorada melhor
Vanessa Kina durante a apresentação dos estudos
Foto: João Paulo Barbosa Língua inglesa na rede pública poderia ser explorada melhor
Banca: doutores Caroline, Santos e Ivone
Foto: João Paulo Barbosa Língua inglesa na rede pública poderia ser explorada melhor
Vanessa com os doutores Santos, Ivone e Caroline


O ensino da língua inglesa na rede estadual é proporcionado com as utilizações de quatro cadernos por ano no fundamental. As situações de aprendizagem são voltadas a um entendimento a ser alcançado e não descoberto, pedindo para localizar apenas uma ou outra palavra, sem trabalhar o geral do texto. “Não são desenvolvidas questões culturais subjacentes ao tema tratado. São trabalhadas questões bem específicas, que não exigem muito do aluno. Se o professor não for além do exercício, fica na mera decodificação do texto”, pontuou Vanessa Araújo Vallim Kina ao fazer a defesa pública da dissertação resultante de pesquisa sobre as práticas de língua estrangeira em escolas paulistas.

O estudo científico desenvolvido nos últimos dois anos junto ao Programa de Mestrado em Educação da Unoeste esteve vinculado à linha de pesquisa “Instituição Educacional: Organização e Gestão” e nasceu da inquietação em relação ao tratamento dado pela proposta curricular às práticas de leitura em língua inglesa. Houve minuciosa análise documental para saber como o Estado concebe as representações de leitura e as articulam com uma escola heterogênea e diversa. A abordagem qualitativa foi sustentada em análise bibliográfica, com diferentes fontes de conhecimento teórico-científico. As compreensões e representações de leitura e suas práticas se deram a partir dos estudos de Roger Chatier.

Para o historiador francês, que tem a leitura e a escrita como práticas sociais, o exercício de ler está intimamente ligado ao ato da cidadania, contribuindo com a transformação do indivíduo e da sociedade. Seus estudos apresentam a leitura como prática criadora, atividade produtora de sentidos singulares e de significações que não se reduzem às intenções dos autores de textos ou de livros. Conforme a autora da pesquisa são várias as intenções da leitura, como: “para que se lê?”, “para quem?”, “o quê se lê?”, “como se lê?..” “O senso comum diz que o ato de ler é importante, mas os estudos dizem que depende da ação”, pontuou e assegurou que a ideia não é abandonar o currículo, mas que o mesmo fique o mais perto possível da realidade de cada escola.

As escolas são heterogêneas, de acordo com as realidades locais. Também apresentam diversidades, sendo que os alunos não aprendem da mesma forma e não chegam à escola com o mesmo conhecimento. São situações que deveriam ser contempladas pelo currículo, sendo que poucos professores devem conseguir se desvencilhar do sistema até por conta de acabarem se condicionando ao mesmo.  “As condições em que as práticas pedagógicas acontecem são desiguais, pois as escolas apresentam realidades múltiplas, com necessidades múltiplas”, disse Vanessa para quem o currículo deveria ser flexível. Seria interessante trabalhar o leitor livre para interpretar o texto, considerando a leitura como instrumento de participação crítica diante da realidade.

Orientada pelo Dr. Genivaldo de Souza Santos, a autora da pesquisa que resultou na dissertação “As práticas de leitura estrangeira moderna – inglês – no currículo do Estado de São Paulo”, foi avaliada pelas doutoras Ivone Tambelli Schmidt e Caroline Kraus Luvizotto, convidada junto a Unesp em Bauru, para as quais, respectivamente, o hábito da leitura vem da família e na escola o poder de controle está no currículo. Vanessa Kina foi aprovada, na sexta-feira (27), para receber o título de mestre em Educação, outorgado pela Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação da Unoeste.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

Alguma mensagem