Superação gera inserção na educação e na vida profissional
Universidade sempre visa atender muito bem as pessoas com deficiência

A Unoeste é considerada como empresa referência na contratação de trabalhadores com deficiência. Além disso, busca adequação constante para atender ainda melhor as pessoas com deficiência, seja alunos, funcionários ou os visitantes da universidade. Por isso, em 2013 a instituição criou o Núcleo de Acessibilidade e Inclusão (NAI), composto por representantes de diferentes setores e coordenado pela bibliotecária Regina Liberati Silingovschi.
O objetivo “é promover ações para a garantia da inclusão plena aos programas e serviços desenvolvidos aqui”, diz Regina, que destaca que a universidade quer que “as pessoas se sintam acolhidas, incluídas e sejam autônomas”. A bibliotecária afirma, ainda, que a inclusão é importante para todos, pois a comunidade acadêmica também aprende a respeitar as limitações de cada um. “Temos funcionários com deficiência na Rede de Bibliotecas, por exemplo, que são requisitados pelos alunos, pois são pessoas capacitadas e dedicadas ao trabalho”.
Bruna dos Santos Vieira, 24, está no 6º termo do curso de Psicologia da Unoeste. Apaixonada pelos estudos, a acadêmica ingressou neste ano em iniciação científica. Para quem lê este texto até agora parece tudo comum para uma jovem com o desejo de se formar e ganhar espaço no mercado de trabalho. Contudo, a história dela se destaca pela superação, pelo fato de ser deficiente visual.
Ela, que nasceu cega, conta que entrou atrasada no ensino fundamental, porque naquela época as escolas tinham dificuldade em aceitar crianças com deficiência. Mas conseguiu superar os desafios e chegou à universidade. “Sempre tive o incentivo da minha família e escolher Psicologia foi porque acredito que posso contribuir para oferecer melhor qualidade psíquica às pessoas”. De acordo com ela, sentiu-se insegura no início, mas foi muito bem acolhida por docentes e pela direção do curso. “Meu maior desafio foi ter que aprender a utilizar a tecnologia, pois até então eu sabia apenas o braile”.
Outro fator que a motivou foi a dedicação de sua amiga de sala, Geisse Navarro, 21, que também é sua parceira na iniciação científica. “Ela é meus olhos aqui”, agradece. Sobre a pesquisa, Bruna conta que se interessou já no 2º termo, na aula do professor Dr. Felipe Viegas Rodrigues. “Eu perguntei a ele qual era a possibilidade de fazer pesquisa, e ele disse: ‘todas’. E depois, a professora Dra. Camélia Murgo [orientadora] me incentivou ainda mais”.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste