Com IBM, projeto selecionará 56 alunos para “HackaTruck”

Estudantes da Faculdade de Informática de Presidente Prudente (Fipp), da Unoeste, têm até o dia 15 de junho para entrar na disputa por uma vaga no HackaTruck MakerSpace, um projeto de capacitação tecnológica voltado ao desenvolvimento de protótipos de aplicativos por meio da linguagem de programação Swift - usada para o desenvolvimento de aplicativos nos dispositivos Apple. Tudo será realizado em uma estrutura itinerante: dentro de um caminhão. 

As inscrições estão abertas e na manhã desta segunda-feira (28), os alunos puderam conhecer mais sobre o projeto na primeira sessão de divulgação, realizada no Teatro César Cava, no campus 1 da Unoeste. 

Quem explicou essa iniciativa foi Luís Flávio da Silva, líder do Programa de P&D da IBM Brasil – multinacional americana de tecnologia que patrocina o projeto, em parceria com a Apple e com o Instituto Eldorado. 

“A ideia é capacitar universitários com tecnologias que são demandadas pelo mercado, mas que ainda não estão acessíveis nas universidades por conta do custo que elas têm”, comenta. 

É a primeira vez que o projeto, que existe desde 2015, é realizado no interior do Estado de São Paulo. Para alunos da Unoeste, são oferecidas 56 vagas. Os interessados precisam participar de um processo de seleção, que começa com um curso on-line. Quem ficar melhor ranqueado nas provas garante a vaga. 

Os selecionados começam o trabalho no caminhão no dia 30 de junho e participam dessa ação até 1º de agosto, em dois turnos. O veículo possui em seu interior um laboratório móvel constituído como um makerspace, um espaço onde é possível criar e desenvolver protótipos relacionados aos temas estudados.

“Eles vão receber treinamentos, terem contato com tecnologias de última geração, e aí na última semana, começa o Hackathon [evento que reúne programadores e outros profissionais para desenvolver soluções tecnológicas]”, explica o coordenador do curso de Ciência da Computação da Fipp, Emerson Silas Dória. 

Essas palestras de sensibilização, que trazem mais informações sobre o curso inicial on-line, começaram nesta segunda-feira e vão até esta terça, no Teatro César Cava. No site do programa, há uma área específica com detalhes para os alunos da Unoeste se inscreverem.   

Foto: Vinícius Pacheco

Investimento para o futuro

O obstáculo do custo para aprender esse tipo de linguagem de programação fica mais evidenciada se a gente colocar “na ponta do lápis”: um computador capaz de trabalhar com Swift custa cerca de R$ 13 mil. Mas também é preciso aprender: um curso como o oferecido pelo HackaTruck teria um custo de R$ 8 mil, explica Luís Flávio. 

Ou seja: seriam R$ 21 mil em investimento – que pelo projeto, pode ser experimentado pelos alunos participantes de forma gratuita. “A gente traz a tecnologia para o estudante, ensina a desenvolver aplicativos para celulares Apple, inteligência artificial, inteligência artificial generativa, serviços de computação nas nuvens... A gente espera que no final, eles criem uma aplicação que use essas tecnologias”, explica. 

Com planos de se tornar uma programadora full stack em empresas multinacionais, a estudante Rani Lopes, do 1º termo de Ciências da Computação, participou da primeira palestra de sensibilização. Para ela, participar do HackaTruck é uma boa oportunidade para dar um primeiro passo neste sonho. 

“Eu acho que vai ser um projeto muito legal, pois ajuda muito nos estudos, no conhecimento... Eu espero conseguir passar no processo seletivo, pois quero muito estar presente nesse projeto”, comenta. 

Para o Lucas Panucci, do 5º termo de Ciências da Computação, ter contato com toda essa tecnologia é uma aventura. “É um conhecimento de uma ferramenta específica, e não sobre uma base de conhecimento. É uma oportunidade diferente, algo completamente novo para mim”, relata.