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Uso certo de inalador favorece tratamento de doença pulmonar

Melhora controle dos sintomas, contribui na redução de internações e gera menor impacto financeiro nos serviços de saúde


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Foto: Homéro Ferreira Uso certo de inalador favorece tratamento de doença pulmonar
Dayane: aprovada para receber o título de mestre em Ciências da Saúde

Pesquisa alerta portadores de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) sobre o uso correto de inalador, para o medicamento chegar aos pulmões. Algo que parece simples, mas 93% dos participantes do estudo erraram em alguma etapa de uso do dispositivo.

Percentual com maior incidência no manuseio e preparação, expiração prévia e inspiração. A produção científica foi além e estabeleceu correlação entre uso, autoeficácia (tomada da decisão certa) e estado clínico do paciente.

Pelas altas taxas de morbidade e mortalidade, as doenças respiratórias são um desafio para a saúde pública brasileira e mundial, prevalente em pessoas com mais de 40 anos de idade, especialmente fumantes.

Na dissertação resultante da pesquisa consta a informação que em 2050 os casos globais da doença poderão chegar a 600 milhões de pessoas. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) é de que já em 2030 os gastos serão de US$ 4,8 trilhões.

A DPOC é caracterizada por sintomas respiratórios crônicos como dispneia, tosse e produção de secreção; provocando anormalidades nas vias aéreas: bronquite ou enfisema. Os fatores de risco são tabagismo, poluentes, poeiras e disposição genética.

Universo da pesquisa 

Na pesquisa, foram envolvidos 30 pacientes com idade média de 63 anos, sendo 57% do sexo masculino; 40% fumantes, 50% com necessidade de pronto atendimento nos últimos 12 meses; e 57% com a escolaridade de ensino fundamental incompleto.

Todos com acompanhamento por pneumologista, com DPOC confirmada por exame de espirometria; idade igual ou superior a 40 anos e de ambos os sexos; estabilidade hemodinâmica e sem exacerbações (agravamento) nas últimas quatro semanas.

O estudo deixou o entendimento de que o uso do inalador, com a associação ao estímulo da autoeficácia e o estado clínico, ajuda a melhorar o controle dos sintomas da doença e reduz o número de internações hospitalares.

Situações cujo efeito é o de menor custo financeiro para os serviços de saúde. A pesquisa foi realizada pela médica pneumologista Dayane Araújo Luzia com pacientes de ambulatório público de especialidades.

O estudo teve o caráter observacional transversal, o que compreende que os pacientes participantes consistiram em população definida, em único local e durante o mesmo intervalo de tempo; mas sem intervenção direta da pesquisadora.

Foto: Homéro Ferreira Dayane entre a orientadora Dra. Marilda e a avaliadora presencial Dra. Renata
Dayane entre a orientadora Dra. Marilda e a avaliadora presencial Dra. Renata

Estratégias educacionais

Além da observação, foram utilizados três outros instrumentos da pesquisa. O primeiro deles foi a anamnese inicial, o que compreendeu a coleta de dados sociodemográficos, condição clínica, histórico de comorbidades, medicação inalatória e espirometria.

Também foram aplicados questionários de conhecimento sobre a doença, autoeficácia e estado clínico. Por fim, a avaliação da técnica inalatória mediante o uso de dispositivo e através de demonstração prática.

Conforme a autora, a pesquisa destaca a importância de estratégias educacionais e abordagens multidisciplinares para fortalecer a autonomia do paciente; além de servir como base para outros estudos visando otimizar tratamentos por meio da autoeficácia.

São estratégias que utilizam técnicas, soluções tecnológicas e planos de ação individualizados. A técnica Teach-Back (ensinar de volta) verifica se o paciente compreendeu as instruções, ao repeti-las com as suas próprias palavras.

A técnica de modelagem demonstra gerenciamento bem sucedido por meio de vídeos ou demonstrações ao vivo. Sobre as soluções tecnológicas, existem diferentes ferramentas que auxiliam o paciente no uso correto do inalador.

Os planos de ação individualizados consistem em estratégias de cuidados que levam em conta fatores como comorbidade, limitações físicas, nível e instrução e suporte familiar. Portanto, são quatro estratégias educacionais de relevância para o tratamento.

Ciências da Saúde 

A pesquisa de Dayane foi desenvolvida junto ao mestrado do Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde, ofertado pela Universidade do Oeste Paulista (Unoeste), em Presidente Prudente, no interior paulista.

A orientação foi da professora doutora Marilda Aparecida Milanez Morgado de Abreu, com coorientação da Dra. Iara Buriola Trevisan, profissional que atua na área de fisioterapia aplicada à pneumologia.

A dissertação levada à defesa pública na manhã desta quarta-feira (7) e avaliada presencialmente pela Dra. Renata Calciolari, e on-line pela Dra. Suzana Erico Tammi, da Faculdade de Medicina de Botucatu, da Unesp (Universidade Estadual Paulista).

Durante a avaliação foram feitos apontamentos, alguns questionamentos e elogios; culminando com a aprovação para que Dayane Araújo Luzia receba o título de mestre em Ciências da Saúde.

O principal elogio foi sobre a capacidade de expor o assunto, associada à qualidade do que foi produzido e ao convite para compartilhar seus conhecimentos com o Núcleo de Pesquisa, Ensino e Extensão em Poluição e Saúde (Nupeeps).

O núcleo de estudos é mantido junto a Faculdade de Medicina de Presidente Prudente (Famepp/Unoeste), cadastrado no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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