Aldeia indígena recebe medicamentos doados pela Unoeste
Doações da Farmácia Comunitária integraram ação de saúde e acolhimento na aldeia indígena em Amambai (MS), promovendo cuidado, escuta e esperança

O cuidado com a vida vai além da sala de aula ou do consultório. Foi com essa missão que a estudante de Medicina da Unoeste Ana Clara Boigues se juntou a profissionais e a voluntários da Igreja Nova Jerusalém para uma importante ação de saúde em uma aldeia indígena no município de Amambai (MS). A iniciativa teve como diferencial o apoio direto da Farmácia Comunitária da Unoeste, que contribuiu com medicamentos essenciais.
A aldeia, marcada por uma riqueza cultural e também por carências estruturais, recebeu a equipe formada por profissionais de saúde, enfermeiros, médicos, dentistas, educadores e jovens voluntários. Durante os dias de trabalho, foram realizados mais de 100 atendimentos em triagem, 87 consultas médicas e mais de 90 procedimentos odontológicos.
Presença acadêmica e compromisso social
Para a Unoeste, a presença na ação representa o compromisso institucional com a formação cidadã e humanizada dos futuros profissionais. A Farmácia Comunitária, que já atua em Presidente Prudente com foco em populações em situação de vulnerabilidade, ampliou seu alcance ao atender uma demanda fora do estado, após contato com a equipe organizadora.
A enfermeira voluntária e integrante da igreja, Sarah Sumaia, explicou como se deu a articulação. “Conversamos com as enfermeiras da aldeia para entender quais medicamentos estavam em falta nos postos de saúde. Com essa lista em mãos, a Unoeste, por meio da Farmácia Comunitária, nos ajudou a direcionar a doação de forma eficiente. Foi uma resposta rápida, assertiva e muito bem recebida pela comunidade indígena”.
Além da entrega de medicamentos, a estudante da Medicina Unoeste Ana Clara participou da triagem e dos atendimentos, atuando ao lado de profissionais experientes. “Estar em campo, diante de uma realidade tão sensível, nos ensina a escutar, acolher e cuidar com empatia. É uma lição que levarei para toda a minha carreira", afirmou Ana Clara.
A participação da Unoeste na ação reafirma seu papel como instituição comprometida com o desenvolvimento social e a valorização da vida. Com estrutura, equipe técnica e projetos voltados para o atendimento humanizado, a universidade atua diretamente na formação de profissionais que compreendem a importância da equidade no acesso à saúde.
Educação em saúde e acolhimento humanizado
A ação também incluiu palestras educativas sobre amamentação para gestantes, que reuniu mais de 50 mulheres, e um teatro infantil sobre higiene bucal para as crianças da comunidade. As atividades foram planejadas para oferecer informação acessível, lúdica e acolhedora.
A população recebeu a equipe com carinho e envolvimento. Muitos esperavam há meses por orientações e medicamentos. “Conseguimos detectar casos de hipertensão, diabetes e outras condições que ainda não haviam sido diagnosticadas. Com orientação e medicamentos, já foi possível iniciar cuidados essenciais”, explicou Sarah.
Missão que vai além do atendimento clínico
Mais do que uma ação de saúde, a iniciativa levou esperança e dignidade à comunidade indígena. “Nosso maior desejo era que cada pessoa ali se sentisse vista e cuidada. Acreditamos que o amor, quando colocado em ação, pode restaurar vidas. Foi mais do que uma missão, foi um encontro com o propósito de servir ao próximo”, destacou Sarah.
Ela também ressaltou a importância de mais ações como essa no futuro. "A saúde preventiva ainda é um desafio imenso nessas comunidades. Por isso, o impacto de iniciativas como essa vai além dos atendimentos: leva conhecimento, presença e continuidade do cuidado", disse.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste