Bioinsumos geram incremento para produzir eucalipto cheiroso
Utilização de micro-organismos e microalgas possibilitam melhorias na qualidade de mudas e tolerância ao estresse hídrico

Estudo analisou a influência de bioinsumos – micro-organismos e microalgas – na produção de mudas de Corymbia citriodora: nome científico do eucalipto cheiroso. Espécie amplamente cultivada no oeste paulista.
O estudo também avaliou o desempenho inicial de plantas inoculadas com os mesmos bioinsumos, em relação às condições de estresse hídrico. Foram encontrados bons resultados para as mudas e em relação às condições adversas.
Foram dois experimentos. O primeiro no viveiro florestal Sartori, em Regente Feijó. O segundo em casa de vegetação do Centro de Estudos em Olericultura e Fruticultura do Oeste Paulista (Ceofop) no campus 2 da Unoeste, em Presidente Prudente.
Produção científica conduzida pelo engenheiro florestal Renato de Araújo Ferreira junto ao Programa de Pós-graduação em Agronomia, pelo qual a Unoeste oferta mestrado e doutorado. A orientação foi do Dr. Edgard Henrique Costa Silva.
Significativas melhorias
Conforme o autor do estudo, professor no Colégio Agrícola, os bioinsumos permitiram significativas melhorias no desenvolvimento das mudas, com destaque para a bactéria Priestia megaterium que proporcionou, em relação ao grupo controle.
Os incrementos ocorreram nas variáveis altura, com o índice de 28,88%; diâmetro com 20,92%; massa seca da parte aérea 25,01%; massa seca das raízes 28,57%; e índice da qualidade de Dickson em 25,93%.
O fungo Trichoderma harzianum proporcionou, também em relação ao grupo controle, incrementos na variável volume de raiz em 12,05%; além de potencialmente promover o volume das raízes. A Priestia megaterium, impactou na parte aérea das mudas.
Em casa de vegetação, a mesma bactéria, destacou-se positivamente em diversas condições de estresse, com resultados semelhantes ao grupo na condição de não estresse hídrico. Portanto, sugerindo potencial para promover tolerância das plantas.
Relevância do tema
A banca avaliadora colocou em evidência a relevância do tema que tem muito a contribuir com produtores de madeira e, notadamente, o eucalipto. Também parabenizou orientando e orientador pelo zelo e pela complexidade do estudo.
De acordo com o estudo, no Brasil a produção de floresta comercial ocupa 10,2 milhões de hectares. Em 2023, o faturamento foi de R$ 202 bilhões. Dentre as espécies cultivadas, 76,5% são de eucalipto, incluindo o Corymbia citriodora.
Na defesa pública, na segunda-feira (23), a avaliação interna foi da Dra. Ana Cláudia Pacheco e a externa da Dra. Andréia Cristina Silva Hirata, da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta) em Prudente.
Com a dissertação “Bioinsumos no desenvolvimento inicial de Corymbia citriodora: efeito na qualidade de mudas e tolerância ao estresse por deficiência hídrica”, Renato Araújo Ferreira foi aprovado para receber o título de Mestre em Agronomia.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste