Sorteados destacam importância do Mutirão do Lixo Eletrônico
Cerimônia para entrega de prêmios da 17ª edição foi realizada na Prefeitura de Presidente Prudente, na manhã desta sexta-feira (27); evento é o maior do Brasil, segundo Abree

Chegou o dia de ter uma recompensa especial por um ato que representa a conscientização sobre o meio ambiente: os sorteados no Mutirão do Lixo Eletrônico, realizado no dia 14 deste mês, participaram da cerimônia de entrega dos prêmios na manhã desta sexta-feira (27), na Prefeitura de Presidente Prudente. Parte dos 13 ganhadores foi retirar as bicicletas e outros prêmios – e os que não puderam ir já foram comunicados para fazer a retirada.
A cerimônia, realizada no gabinete do prefeito, contou com a presença de representantes da reitoria da Unoeste e da Faculdade de Informática de Presidente Prudente (Fipp). Destaque para o resultado expressivo na coleta de materiais eletrônicos – 47 toneladas, divididas em duas carretas e um caminhão – e pelo compromisso de continuar o projeto nos próximos anos.
“É um momento muito importante, porque a gente conta com a conscientização da população e a participação. Os moradores tiraram um tempinho do sábado deles para entregar esse eletrônico e com isso, o material não vai mais contaminar a natureza e prejudicar a saúde humana”, explica o secretário municipal de Tecnologia, Helton Sapia.
Um dos ganhadores das bicicletas foi o soldador Rubens Benedito Souza. No dia do evento, ele levou caixinhas de som e placas de computador para a destinação adequada.
“Nem sempre você está ganhando algum prêmio por ajudar o meio ambiente. Sempre junto os materiais e como sei que todo ano vai ter [mutirão], levamos tudo lá. Onde eu moro, tem uma mata perto e sabemos a importância de respeitar [o meio ambiente]. Se todo mundo fizesse isso, a gente estaria sofrendo menos com as mudanças no clima”, afirma.
Outro premiado, o técnico de Enfermagem Guilherme Soares da Silva tinha levado rádio, televisão de tubo e mais materiais que estavam parados em casa até a ação no Parque do Povo. “Levei de manhã e no fim do dia, fiquei sabendo do resultado do sorteio. Pretendo participar do ano que vem também”.
Além das bicicletas, também foram sorteados e entregues fone de ouvido, mouse e teclado, tablet e suporte.
Parceira
O sucesso da edição 2025 reforça a parceria entre o município e a Unoeste – que foi reconhecido pela Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos (Abree) como o maior evento do Brasil.
“Esse é um time que está ganhando. Temos que garantir que ele só cresça, seja mais produtivo. A participação dos alunos é marcante e eles têm a oportunidade de exercer a cidadania”, informa Helton, que também é professor na Fipp.
Em discurso, o prefeito Milton Carlos de Mello “Tupã” destacou a participação da universidade em sua trajetória pessoal (foi na Unoeste em que ele formou-se como engenheiro) e o papel fundamental de Agripino de Oliveira Lima Filho e de Ana Cardoso Maia de Oliveira Lima na inserção dele na vida pública. Destacou ainda que o mutirão evidencia a união de esforços pelo meio ambiente.
“Mais uma vez, a Unoeste estende a mão para a cidade de Presidente Prudente. A Unoeste é uma parceira muito grande. Isso mostra, mais uma vez, que a prefeitura tem que ter ações, mas é imprescindível a participação de parceiros. A universidade sempre se colocou como uma parceira da prefeitura”, disse Tupã.
Declaração que vem de encontro ao apresentado pelo Dr. Gabriel de Oliveira Lima Carapeba, que estava entre os representantes da Unoeste. “A importância dessa parceria, assim como todas as outras com a prefeitura, é que a população da cidade está sempre sendo beneficiada. Isso faz com que Prudente esteja entre as melhores cidades para se morar no Estado e no Brasil. O segredo da administração pública é enxergar essas possibilidades que vem sendo vistas pela Prefeitura de Prudente por meio de iniciativa público-privada”, diz Gabriel.
Papel importante na conscientização
Além de Gabriel Carapeba, estiveram presentes na cerimônia o pró-reitor de Pesquisa, Pós-graduação e Extensão da Unoeste, Dr. Adilson Eduardo Guelfi; o pró-reitor Acadêmico, Dr. José Eduardo Creste; o diretor da Faculdade de Informática, Moacir Del Trejo; e o coordenador do curso de Sistemas de Informação, Haroldo Cesar Alessi.
Para Adilson Guelfi, o Mutirão do Lixo Eletrônico representa a missão da universidade e o compromisso com o meio ambiente.
“O evento é ligado ao meio ambiente, mas temos várias ações educativas – principalmente com alunos do ensino básico - formando gerações com uma nova consciência, uma nova educação sobre o descarte de resíduos eletrônicos. Também é uma questão de saúde, pois todo resíduo eletrônico pode acumular água – e nós sabemos que a nossa região é bastante afetada por doenças como dengue e leishmaniose”, relata.
O pró-reitor Acadêmico destacou que a parceria para este evento vem desde a primeira edição. “Sempre há participação maciça e consciente da população prudentina. A Unoeste faz questão de continuar esse projeto com a prefeitura – e os mais de 200 estudantes que participaram dessa edição vão levar essa conscientização para a vida. A importância da questão de sustentabilidade, meio ambiente... Tudo isso é muito importante”, explica Creste.
Diferenciais da edição 2025
Durante a entrega de prêmios, o diretor da Fipp destacou que a cada ano, a população está mais conscientizada sobre a questão do lixo eletrônico e o descarte adequado. Lembrando que em 2025, além da ação no Parque do Povo, houve arrecadação nos distritos e nos ecopontos.
O coordenador do curso de Sistemas de Informação também reforçou que o volume expressivo de material acumulado destaca-se ainda mais, pois os eletrônicos ficam mais leves ano após ano, substituindo peças de metal por de plástico. Por isso, se há mais toneladas, é sinal que há mais itens sendo levados.
Além disso, Haroldo apontou que houve a entrega de mais produtos da linha branca, como eletrodomésticos. “São materiais mais pesados, mas têm acontecido das pessoas levarem também esses produtos ao mutirão. Os eletrodomésticos também são um risco ao meio ambiente, pois têm o motor, a parte de lataria, ferro, cobre... São materiais tóxicos, e as pessoas não têm onde destinar”, explica Haroldo.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste