Iniciativas de ex-alunos da Unoeste estimulam conhecimento
Projetos permitem troca de experiência e informações com a participação de estudantes e profissionais; exemplos vêm da Psicologia e dos cursos da Fipp

Mesmo depois do fim do curso e das atividades acadêmicas, há quem decida criar projetos que continuam a espalhar conhecimento. Em Presidente Prudente, são pelo menos dois exemplos: o de psicólogas formadas na Unoeste, que criaram um grupo de estudos focado na obra de Sigmund Freud, e o de egressos da Faculdade de Informática de Presidente Prudente (Fipp), que criaram uma comunidade de desenvolvedores da cidade.
No primeiro caso, do grupo de estudos para estudar psicanálise, a iniciativa foi das ex-alunas e hoje psicólogas Anne Caroline Vilaça Marcelino e Carolina Cavalheiro Pereira Martins, que concluíram o curso em 2023.
Desde a faculdade, elas se encontravam para ler e discutir textos de Freud aos sábados. "As dificuldades de cada uma se tornavam estudo, e as leituras deram espaço para um inclinar teórico", explica Carolina.
O tempo passou, e os encontros do período acadêmico continuaram depois delas terem se graduado e começarem a atuar profissionalmente. A ideia era viabilizar que mais pessoas tivessem acesso a todos os aprendizados que conseguiam com esse formato. “Dividimos as angústias e expectativas que atravessam o nosso percurso em psicanálise e a atuação clínica”, aponta Anne.
Foram realizados dois grupos de estudos: o primeiro direcionado para a leitura e estudo do livro “Fundamentos da Clínica Psicanalítica”, finalizando com a leitura do caso “Homem dos Lobos”, também de Freud. Já o segundo foi direcionado para a leitura do livro “Psicopatologia da Vida Cotidiana”, também do Freud. Por meio deles, foi possível conectar pessoas de várias partes do país.
“O resultado foi muito especial! A partir de um espaço horizontal e ético, foi possível encontrar outras pessoas, por vezes de outras cidades e estados, e então trocar [informações] sobre psicanálise na teoria e na prática”, explica Carolina.
Um dos grupos chegou a ter 13 integrantes, entre profissionais e estudantes de Psicologia. Só que mais do que angariar pessoas, o foco era a discussão e o aprendizado. “A nossa intenção nunca foi a quantidade de integrantes, mas sim a qualidade dos encontros. Por isso, para ambos os grupos, estipulamos uma determinada quantidade de participantes. Foi um lugar de muitas trocas e interações”, comenta Anne.
Carolina também destaca os ganhos com esse projeto. “Para mim, a maior conquista foi essa: trocar de forma ética a partir de experiências individuais e coletiva até mesmo enquanto grupo, além de um aprofundamento teórico por meio da interpretação de cada um sobre o que era lido e estudado”.
Atualmente, os encontros de estudos abertos estão em pausa – mas ainda há um grupo fechado, em que elas buscam novos conhecimentos para que posteriormente, voltem a propor um outro espaço de debate.
“Seguimos estudando quinzenalmente junto com uma outra amiga, também psicóloga, em um grupo fechado. Estamos estudando e nos preparando previamente, para em breve, iniciarmos um novo grupo”, finaliza Anne.
Incentivo aos programadores de Presidente Prudente
Chegando a quase 300 membros, um projeto desenvolvido por dois ex-alunos da Fipp vem incentivando a programação em Presidente Prudente. Os responsáveis são o prudentino Caio Carneloz, que se formou em Ciência da Computação, e de João Victor Pulheis Sierra, natural de Regente Feijó e formado em Sistemas de Informação.
A ideia partiu de Caio, que é o organizador do Google Developer Groups (GDG) Presidente Prudente. Ele foi criado em fevereiro de 2023 com o objetivo de divulgar as tecnologias da Google e fomentar a comunidade de desenvolvimento, ciência de dados e TI no geral em Presidente Prudente.
“São organizadas palestras, minicursos e eventos de socialização entre os membros. Isso colabora com o fortalecimento da área por meio do estreitamento dos vínculos entre os profissionais, inserção de conhecimento especializado da área e contato com profissionais e demais personalidades relevantes da tecnologia”, explica João.
O trabalho já permitiu o contato da comunidade com grandes profissionais – inclusive referências internacionais, como Alvaro Huanca (desenvolvedor que já trabalhou para a Google) e Gabriel de Souza Moreira, que hoje trabalha na NVIDIA – uma das pioneiras na computação. O último evento foi em maio deste ano.
Para quem quiser participar das discussões e saber as novidades em relação a eventos, é só cadastrar-se na plataforma oficial e depois, entrar no grupo de WhatsApp do GDG. A iniciativa tem apoio da Unoeste e da Fundação Inova Prudente.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste