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Refrigerantes podem ser proibidos

Projeto de lei quer impedir venda em escolas; nutricionista alerta sobre alto consumo de guloseimas


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Foto: Regina Maia Refrigerantes podem ser proibidos
Salgadinhos de pacote, refrigerantes, doces e frituras são os mais procurados pelas crianças




A comercialização e a distribuição gratuita de refrigerantes em escolas de educação infantil e de ensino fundamental podem estar com os dias contados. A proibição está prevista em um projeto de lei apresentado pelo deputado federal Ivo José (PT-MG), que aborda também a necessidade de as escolas realizarem campanhas sobre os efeitos prejudiciais do consumo dessas bebidas na saúde das crianças. Entre os prejuízos, o deputado destaca obesidade, cáries, distúrbio do sistema digestivo, subnutrição e baixa imunidade.

De acordo com a nutricionista do HU (Hospital Universitário Dr. Domingos Leonardo Cerávolo), Marilda Moreira da Silva Dias, responsável pelo Serviço de Nutrição e Dietética do hospital, os refrigerantes não são os únicos vilões das cantinas escolares. Guloseimas como salgadinhos fritos e de pacote, balas, biscoitos, gomas de mascar e pipoca – que são presença certa em estabelecimentos desse tipo em todo o país – têm sua parcela de responsabilidade no aumento dos casos de obesidade infantil, e no conseqüente crescimento de doenças cardiovasculares entre as crianças. “Sem falar no aumento das visitas ao dentista, em decorrência das cáries que certamente aparecem”, diz a nutricionista.

Ela ressalta que a obesidade infantil já é considerada um problema de saúde pública no Brasil, que só será controlado com um programa de reeducação alimentar na infância. “As escolas têm um importante papel nessa missão, pois é onde as crianças passam a maior parte de seu dia. Em parceria com os pais, as instituições de ensino precisam conscientizar as crianças da importância de se comer alimentos saudáveis. Não adianta os pais restringirem o consumo em casa, se nas cantinas das escolas têm salgadinhos e refrigerantes à vontade”, diz.

Especialistas afirmam que, de uma maneira geral, doces e frituras, quando consumidos em excesso e associados à falta de exercícios físicos são uma bomba de colesterol para os pequenos em fase de crescimento. “Mas a solução não está na proibição, mas em oferecer alimentos mais saudáveis e gostosos, que atraiam a atenção das crianças. Além das guloseimas, as cantinas e lanchonetes escolares poderiam oferecer outras opções, como sucos naturais, saladas de frutas, salgados assados e não fritos, e deixá-los à mostra nas prateleiras para que as crianças vejam e se interessem”, explica a nutricionista.

Reestruturação – A mudança de hábitos alimentares leva tempo. É um trabalho lento e gradativo que deve ser iniciado ainda na pré-escola. Para isso, muitas instituições de ensino já contam com a parceria de nutricionistas para a elaboração dos lanches das crianças. Mas isso não é tudo. Segundo a nutricionista Marilda é preciso mudar o conceito que se tem sobre lanchonetes escolares.

“Para isso, é preciso fazer uma reestruturação na organização dos produtos nas prateleiras. Uma boa saída é manter balas e doces longe da caixa registradora, retirar as máquinas de refrigerantes do local, guardar as latas de bebida embaixo do balcão e mencionar sempre que o estabelecimento tem outros alimentos muito mais nutritivos”, sugere a nutricionista.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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