Sedentarismo aumenta em 30% o risco de pressão alta
Hipertensão é a doença base da maioria dos problemas cardiovasculares; atividade física ajuda na prevenção e no controle desse mal

Dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia e da Sociedade Brasileira de Hipertensão apontam o sedentarismo como um dos principais fatores desencadeantes da hipertensão arterial. De acordo com pesquisa realizada pelos órgãos, indivíduos sedentários apresentam risco 30% maior de desenvolver a doença se comparados às pessoas ativas.
A cardiologista do HU (Hospital Universitário “Dr. Domingos Leonardo Cerávolo”) Margaret Assad Cavalcante diz que a pesquisa reflete a realidade e complementa que a atividade física, mesmo na população com idade avançada, pode reduzir significativamente não apenas os riscos de pressão alta, mas também as chances de incidência de doenças coronarianas, diabetes, obesidade, além de ajudar a reduzir o estresse, a ansiedade e a depressão.
“Ser fisicamente ativo ainda melhora o perfil lipídico do organismo, e também reduz as chances de câncer de cólon, câncer de mama e AVC (Acidente Vascular Cerebral) isquêmico”, acrescenta a médica.
Para ajudar a manter os níveis pressóricos controlados, a cardiologista recomenda praticar 150 minutos de exercícios moderados ou 60 minutos de exercícios fortes por semana, seja em casa, no trabalho ou em qualquer outro lugar. “A atividade física faz parte de uma série de medidas de prevenção e controle da pressão alta, mas, é bom ressaltar que o importante é ter sempre a supervisão de um profissional da área para que o exercício não desencadeie outro problema”, alerta a cardiologista.
Doença base - Segundo especialistas, a hipertensão é uma das principais causas controláveis de doenças do coração, ao lado do diabetes, colesterol e estresse. Essa máxima é evidenciada no HU, onde a maioria dos pacientes internados no setor da cardiologia tem a hipertensão como doença associada ou desencadeante de muitos problemas cardiovasculares.
“A hipertensão é, de fato, a doença base para muitas complicações do coração, como por exemplo, a insuficiência cardíaca. Grande parte dos pacientes internados na enfermaria da cardiologia tem idade acima de 40 anos e deram entrada no hospital com diagnóstico de pressão alta, que, por sua vez, levou a outros problemas cardiovasculares”, informa a enfermeira-chefe da instituição, Rosinês de Jesus Neves de Oliveira.
Segundo ela, a maior reclamação dos pacientes durante o período de internação é a dieta a que são submetidos, com pouco ou nenhum sal, “o que deixa claro que a alimentação inadequada, com excesso de sal, também é um importante fator desencadeante da hipertensão”, diz a enfermeira.
Saiba mais – A hipertensão arterial é um problema que afeta homens e mulheres de todo o mundo. Além da herança familiar, hábitos como comer muito sal, viver com estresse, estar com peso acima do ideal, não fazer exercícios e tomar bebidas alcoólicas em excesso, também ajudam a pressão a subir. Assim, evitando-se estes fatores pode-se evitar a hipertensão, mesmo quando existir a tendência hereditária.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste