Reprodução assistida em ovinos é tema de pesquisa
Trabalho verifica eficiência dos protocolos hormonais e oferece biotécnica mais barata; melhoramento genético e produção serão aprimorados



A ovino-caprinocultura é uma atividade econômica em contínua expansão no Brasil. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) permitem observar que, nos últimos anos, o rebanho ovino chegou a crescer 455% em algumas regiões. Isto mostra o aumento da importância da atividade e, consequentemente, sua contribuição para o agronegócio brasileiro. Neste contexto, a intensificação do manejo reprodutivo e o melhoramento genético constituem etapas fundamentais para a expansão da atividade de forma competitiva. Ferramentas otimizadoras do processo são os programas de reprodução assistida e o uso de biotecnologias.
Pensando nisso, o aluno do mestrado em Ciência Animal da Unoeste João Lawrence Ortigosa desenvolveu a pesquisa Avaliação do Tempo de Permanência do Implante de Progestágeno em Protocolos de IATF (Inseminação Artificial em Tempo Fixo) em Ovelhas. O estudo tem a orientação da doutora Caliê Castilho. “Este trabalho avaliou a eficiência dos protocolos hormonais na sincronização dos cios em ovinos e, além disso, verificou a taxa de prenhez das ovelhas inseminadas em tempo fixo por laparoscopia”, explica a professora.
Caliê conta que os resultados puderam ser verificados com o nascimento dos borregos (carneiros e ovelhas). A natalidade iniciou na quinta-feira (2) e deve se estender até o fim desta semana. “Das 38 fêmeas, 21 já tiveram 34 borregos, muitos em partos gemelares. Constatamos alta porcentagem de prenhez: 70%”. Na terça (7) houve pesagem e identificação, no Centro Zootécnico, campus II da Unoeste. Caliê acrescenta que as fêmeas serão futuras matrizes e vão compor o plantel de ovelhas – em formação no Centro Zootécnico. “Os machos serão utilizados em experimentos de ganho de peso do curso de Zootecnia”.
Sobre a importância do estudo, a orientadora revela que são diversos. “Através da constatação da eficácia destes protocolos poderemos oferecer, aos criadores, uma biotécnica mais barata, que aumentará a produção e oferecerá um rebanho geneticamente melhorado. Além disso, os acadêmicos tiveram a oportunidade de acompanhar de perto os procedimentos de inseminação artificial”.
Rico aprendizado – Ortigosa declara que desde a graduação se interessou por reprodução animal. “O meu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) foi sobre esta área, em que também fiz especialização. Escolhi este campo de estudo para a minha dissertação de mestrado, pois acredito que as biotecnologias empregadas na reprodução de ovinos oferecem um ganho diferenciado”, completa.
Já o acadêmico do 8º termo de Veterinária, Rodrigo Plens, declara que resolveu participar da pesquisa, pois se identifica com a ovinocultura. “O manejo de pequenos ruminantes sempre me interessou. Acredito que as práticas voltadas para o aumento da produtividade animal contribuem para uma situação economicamente viável”. Ele acrescenta que o tema escolhido para o TCC dele será relacionado à IATF em ovelhas.
Participação ampla – Além da orientadora, do aluno do mestrado e de Plens, contribuíram os professores de Zootecnia Ana Cláudia Ambiel (coordenadora), Marilice Zundt Astolphi e Paulo Claudeir Gomes, além dos egressos de Veterinária, Fernanda de Oliveira Luz e Marco Miranda Mori e dos alunos do 8º termo desta graduação, Bruno Sacchi, Helena Fabiana Reis de Almeida Saraiva e Jakeline Donadeli.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste