Crescimento na criação de gado confinado requer qualificação
Nos últimos dez anos a dieta alimentar no cocho saltou de 1,5 milhão para 4 milhões de cabeças no Brasil

Economia e qualidade estão entre os benefícios da criação de gado de corte em sistema de confinamento. Medida em franca expansão, com crescimento de 166% nos últimos dez anos. Em 2003 era 1,5 milhão de cabeças no Brasil. Agora, são 4 milhões. No mesmo ritmo de crescimento da prática de criação confinada, ocorre a necessidade de preparação de mão de obra qualificada, em nível de especialização. Mais uma vez em posição de vanguarda, para atender uma necessidade de mercado, a pós-graduação lato sensu da Unoeste cria, em caráter inédito no país, o curso Nutrição de Bovinos de Corte em Confinamento.
Criação que representa giro mais rápido de capital e atende o exigente mercado que contempla a carne de qualidade, as marcas de carne e a churrascaria com corte especializado. “O confinamento facilita muito esse processo”, pontua o Dr. Danilo Domingues Millen, experiente zootecnista com ênfase em nutrição e alimentação animal e que integra a coordenação do novo curso, juntamente com a professora mestre Ana Cláudia Ambiel. Outro fator preponderante é a produção por padronização de peso, corte e qualidade, para atender exigência dos frigoríficos.
E as vantagens não param por aí. Ter o gado confinado na entressafra é ganho na certa, por se tratar de um período da falta de pasto e a criação extensiva perde em peso, reduzindo a oferta e aumentando a procura. Com isso, sobe o preço da arroba. Com peso ideal para o abate, o gado em confinamento é a bola da vez. Para as empresas de nutrição também é um negócio bom, com as ofertas de produtos que garantem toda dieta alimentar no cocho. “Considerando dez anos, esse é ainda um mercado novo e a vantagem é que está em pleno crescimento e requer profissionais especializados”, diz Millen.
A nova pós em nível de especialização abre as inscrições para a primeira turma, com prazo até 20 de março de 2014. Os selecionados através de análise de currículo, sendo o mínimo de 10 e o máximo de 40 vagas, terão de 17 a 21 de março para as matrículas. As aulas começarão a partir de então e prosseguirão em 18 encontros mensais aos finais de semana, podendo incluir domingo com eventuais visitas técnicas e atividades práticas. A carga é de 450 horas, sendo 360 de aulas e 90 para produção da monografia. O farto conteúdo programático será desenvolvido em três módulos, aplicados no campus II da Unoeste.
Há uma seleta equipe interinstitucional de professores. Além de Millen, da Unesp em Dracena, estão Danilo Grandin (Phibro Animal Health), Flávio Augusto Portela Santos (Esalq/USP), Iveraldo Druta (Unesp – Araçatuba), Mário De Beni Arrigoni (Unesp – Botucatu), Paulo Mazza Rodrigues (USP Pirassununga), Pedro de Felício (Unicamp), Pedro Veiga Paulino (Cargill-Nutron), Rafael da Costa Cervieri (Nutribeef Consultoria), Ricardo Burgui (Burgui Consultoria), Rogério Coan (Coan Consultoria) e Sheila Firetti (Unoeste), além de Roberto Barcellos (Beef e Veal Consultoria).
Conforme Millen, o objetivo da especialização volta-se para a formação, atualização e capacitação de profissionais na cadeia de produção de carne de bovinos confinados. O curso é inédito no Brasil, idealizado para atender a crescente demanda por profissionais especializados em confinamento, especialmente os formados mais recentemente em nível superior na área de Ciências Agrárias ou outros profissionais com formação universitária e que atuam ou têm interesse em atuar em confinamento de gado de corte.
Serviço – Inscrições pelo portal Unoeste, no link pós-graduação Agrárias Especialização.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste