Educação Física recebe fisioterapeuta do MMA nacional

Adriano Tiezerini, fisioterapeuta dos atletas de MMA Wanderlei Silva e Maurício Shogun, abriu o 8º Simpósio de Educação Física do Oeste Paulista, no campus II da Unoeste – a semana acadêmica continua até sábado (9). Ao futuro profissional da saúde que deseja trabalhar na área esportiva, assim como ele, recomenda que precisa ter grande paixão e manter o foco, sem deixar se abater pelos obstáculos que surgirem. Segundo ele, “é uma área apaixonante, porque é muito legal quando você vê um atleta seu ganhar, parece que é uma vitória sua”.

O fisioterapeuta começou a trabalhar com MMA bem antes das artes marciais mistas caírem nas graças do público, há nove anos. De 2002 para cá, muita coisa mudou, e ele fez parte desta mudança. “Lembro que fiz o meu trabalho de conclusão de curso sobre a lesão que o Wanderlei teve em cima do Kazushi Sakuraba, num cruzado posterior. Eu não achava referência bibliográfica, então tudo foi criado com o tempo, com estudo, sacrifício e dedicação”, declara Tiezerini, que já integrou a equipe do Grupo Chute Boxe, um dos mais conhecidos do mundo.

Em uma palestra realizada ontem (4) à noite, no Espaço Solarium, o fisioterapeuta abordou a importância do grupo multidisciplinar na formação de atletas. Especificamente sobre os competidores do UFC, Tiezerini diz que os profissionais da saúde precisam dar foco diferente ao que é dado, por exemplo, aos jogadores de futebol, pois os atletas do MMA têm biomecânica e fisiologia diferentes e, por praticarem um “esporte de contato, que leva à exaustão em praticamente todos os treinos, e como treinam oito horas por dia, estão sujeitos a muitas lesões”, o que exige fazer um trabalho preventivo.

O 8º Simpósio de Educação Física do Oeste Paulista está com vasta programação. Ainda ontem também haveria palestra com Ricardo Gomyde, diretor de futebol profissional do Ministério do Esporte, que cancelou a presença na tarde do mesmo dia. Conforme o coordenador dos cursos de bacharelado e licenciatura em Educação Física da Unoeste, Dr. Marcelo Crepaldi Leitão, participar deste evento é uma grande oportunidade de aprendizado, reflexão e aperfeiçoamento para estudantes e formados, além do que “ações como essas certamente caminham no sentido de subsidiar o conhecimento e contribuir para a formação de excelentes acadêmicos”.

A abertura do simpósio foi feita com o balé “Black Beauty”, apresentado pelo grupo Dança inPrudente, sob trilha sonora do jazzista Duke Ellington, coreografia de Catarina Covolo Scarabottolo, aluna do 7º termo do bacharelado em Educação Física da Unoeste, e direção de Helga Urel. O curso de Música da Unoeste também abrilhantou a primeira noite do evento, com as músicas “Chorinho”, “Suíte dos Pescadores” e “Sementes do Amanhã”, cantadas pelo 1º termo, e “Sereia”, “Sina”, “Berimbau” e “A Felicidade”, interpretadas pelo 2º termo. Os alunos foram regidos pela professora Katia Aparecida Silveira Calil, acompanhados no teclado e nos arranjos pela docente Luciana Carolina Fernandes de Faria. Juntas, as duas turmas de Música cantaram o hino nacional.