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Estudo revela eficiência em tratamento biológico de efluente

Remoção máxima de matéria orgânica chegou a alcançar 99% e a média apresentou variação de 76,7% e 79,3%


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Foto: João Paulo Barbosa Estudo revela eficiência em tratamento biológico de efluente
Andréia Olivo ao defender sua dissertação
Foto: João Paulo Barbosa Estudo revela eficiência em tratamento biológico de efluente
Banca examinadora ao promover as arguições
Foto: João Paulo Barbosa Estudo revela eficiência em tratamento biológico de efluente
Andréia e os doutores Ishiki, Renata e Souza


No mestrado em Educação e Desenvolvimento Regional da Unoeste, de caráter interdisciplinar, a engenheira de alimentos Andréia de Menezes Olivo desenvolveu estudo científico sobre tratamento biológico de efluentes gerados por indústria frigorífica. Os resultados mostraram eficiência na remoção de matéria orgânica, com o máximo atingindo 99% e a média teve variação de 76,7% e 79,3%.

A pesquisa originou a dissertação “Estudo da eficiência do tratamento biológico de efluentes através da otimização de parâmetros físico-químicos auxiliados pelo planejamento fatorial de experimentos”, com a orientação do Dr. Hamilton Mitsugu Ishiki. A defesa pública, realizada na tarde de sexta-feira (29), recebeu a avaliação dos doutores Alexandre Teixeira de Souza e Renata Médici Frayane Cuba, atualmente na Universidade Federal de Goiás.

Ao fazer a apresentação, a autora da pesquisa disse que a poluição aquática provoca mudanças físicas, químicas e biológicas, tornando a água imprópria para consumo humano e que a poluição resulta de atividades humanas e do setor industrial. Oito experimentos estiveram voltados em trabalhar os processos biológicos, objetivando a redução da quantidade de matéria orgânica, transformando-a em dióxido de carbono (CO2) e na fórmula molecular H20.

As amostras de lodo foram obtidas numa empresa de curtimento de couro e numa indústria frigorífica, com os estudos durante cinco meses no Laboratório de Química Farmacêutica da Unoeste. O que se buscou foi promover o tratamento até atingir níveis adequados para que os efluentes se encaminhem ao meio ambiente sem prejudicá-lo ou utilizá-lo no próprio processo industrial.

Conforme Andréia, a indústria desse setor se caracteriza por consumir grande quantidade de água nos processos produtivos, gerando efluentes líquidos com altas concentrações de matéria orgânica, o que pode ser verificado por elevados níveis de Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO5) e Demanda Química de Oxigênio (DQO). Por isso, essas empresas buscam, cada vez mais, o emprego de novas técnicas visando minimizar ou eliminar os impactos ambientais.

Considerando a importância econômica da indústria frigorífica para a região de Presidente Prudente, que concentra o maior rebanho bovino do Estado de São Paulo com mais de 2 milhões de cabeças, é que os experimentos foram feitos. O estudo alterou a concentração de nutrientes, o potencial Hidrogeniônico (pH) e a concentração de oxigênio, visando maior eficiência do sistema de tratamento biológico, por meio de planejamento fatorial.

Conta que o tratamento de efluentes foi realizado em escala de bancada, através de reator biológico aeróbio. “Foram realizadas análise de caracterização do efluente e acompanhamento do reator para a realização de perfis cinéticos e obtenção dos resultados para aplicação do planejamento experimental. Como respostas foram utilizados os dados de DQO e DBO, após o tratamento de efluente coletado”, pontuou.

“Verificou-se uma remoção médica de 79,3% para o DQO e de 76,7% para o DBO. Todos os experimentos apresentaram uma cinética de primeira ordem, sendo que a taxa de remoção máxima alcançou 99%. O estudo demonstrou que a variação correta dos valores de concentração de nutrientes, pH e concentração de oxigênio pode otimizar a remoção da matéria orgânica”, afirmou.

Andréia, professora do curso de Engenharia de Produção da Unoeste, foi aprovada para receber o título de mestre em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional, junto à Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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