15ª Semana de Prevenção ao Uso de Drogas traz ações diversas
Iniciativa da Faculdade de Medicina é gratuita e voltada para acadêmicos da área da Saúde, com palestras e atividades culturais



O ingresso na universidade marca um período de autonomia e liberdade, possibilitando ao jovem novas experiências. Contudo, esta fase é considerada uma época em que as pessoas estão mais vulneráveis e suscetíveis ao uso de drogas. De acordo com pesquisa realizada com universitários pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), aproximadamente 49% já experimentaram alguma droga ilícita, pelo menos uma vez na vida, e 80% dos entrevistados, menores de 18 anos, afirmaram já ter consumido bebida alcóolica. Este cenário reforça a necessidade do desenvolvimento de ações preventivas com este público, como a 15ª Semana de Prevenção ao Uso de Drogas, promovida pelo curso de Medicina da Unoeste, que começou na noite desta quarta-feira (22) e termina nesta sexta (24).
A abertura, no teatro César Cava, campus I, contou com a presença de acadêmicos das áreas da Saúde. Após a solenidade inicial, houve apresentação da bateria da Atlética de Medicina e em seguida foram desenvolvidas as palestras “Os riscos do uso inadequado da ritalina” e “O desafio emocional das provas”, ministradas respectivamente por Célia Navarro e Camélia Santina Murgo. O encerramento foi marcado pela apresentação do Coral Unoeste, formado pelos estudantes da licenciatura em Música.
Nilva Galli, uma das coordenadoras da graduação, destaca que o evento serve para alertar os alunos. “Quando estes jovens chegam à universidade eles encontram um ambiente totalmente diferente, sendo que muitos passam a viver longe das suas famílias. Este contexto favorece deslizes, como o uso de substâncias prejudiciais à saúde. Sendo assim, organizamos uma programação diversificada para mostrar que o barato é ser feliz com coisa boa e não com as drogas”.
Em relação à temática que apresentou, Célia informou sobre a ritalina como finalidade terapêutica, bem como os riscos do uso excessivo deste medicamento. “É relevante destacar que o princípio ativo da ritalina é o metilfenidato, substância que pode causar a dependência se administrada incorretamente. Muitos acadêmicos acreditam que este remédio pode ajudar a melhorar o aprendizado e, por isso, ignoram os riscos e o utilizam inconscientemente, uma atitude prejudicial à saúde”, completa.
Durante a palestra relacionada ao desafio emocional das provas, Camélia explanou sobre os aspectos gerais deste processo de avaliação e suas implicações. “O intuito foi mostrar que os alunos podem buscar uma funcionalidade maior no enfrentamento desta tarefa, que gera situações de ansiedade. Além disso, apresentei estratégias para que os universitários adquiram um rendimento melhor nos seus respectivos estudos”.
Para o acadêmico do 4º termo de Medicina, Dante Germano Mousquer, esta semana é de grande importância. “Sempre busco integrar atividades que agregam conhecimentos a minha formação como, por exemplo, estas palestras que me informaram sobre os benefícios e malefícios da ritalina e orientaram sobre como devo conciliar as minhas emoções na época das provas”.
Adrieli Peres dos Santos cursa o 1º termo do curso superior de tecnologia em Estética e Cosmética. Ela observa que esta atividade voltada à prevenção ao uso de drogas é muito interessante. “Acredito que este direcionamento, principalmente aos alunos ingressantes, é válido, pois tem o potencial de nortear as nossas futuras escolhas e ações”.
Programação – Nilva discorre que a Medicina organizou atividades culturais que serão realizadas no teatro de arena, do campus I, a partir das 19h. Nesta quinta-feira (23), toda a comunidade acadêmica está convidada para participar do sarau “Minha droga é Poesia”. Já na sexta (24), os universitários podem comparecer ao luau “Não preciso de droga para ser feliz”. A coordenadora observa que todas as ações são gratuitas.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste