Agronomia realiza experimento voltado à prática profissional
Milho safrinha é cultivado com manejo sustentável e foco centrado na melhoria da qualidade do solo



Entre as atividades da disciplina Agricultura Sustentável, estudantes do 7º termo de Agronomia mais uma vez trocaram a sala de aula pelo campo. Na tarde desta terça-feira (21), estiveram na área experimental do campus II da Unoeste para apresentarem os experimentos feitos com o cultivo de milho safrinha. Informações proporcionadas por seis grupos foram recebidas por colegas do 5º termo que ao final votaram para eleger o melhor trabalho. O vencedor foi o grupo que aplicou 12 quantidades de ureia na parcela, com equivalência de 530 kg por hectare no cultivo da variedade 04-3010.
“A aplicação da ureia foi feita com seis folhas. O plantio teve 90 centímetros no espaço entre linha e cinco plantas por metro linear. O milho está com aproximadamente 110 dias de plantado”, comentaram os integrantes do quinto grupo: Luís Paulo Mansano, Joice Vitti, Matheus Hipólito, Eduardo Koga, Rodrigo Martins, Flávio Rocatto e Gustavo Martins. Eles receberão certificados, conforme o doutor Fábio Fernando de Araújo. “As empresas fazem muito esse tipo de treinamento”, comentou o professor em alusão à prática conhecida como dia de campo.
Seguindo o conceito de sustentabilidade, a área toda foi plantada após o corte da crotalária, leguminosa que serve como adubo natural, libera nitrogênio, promove a cobertura do solo e evita erosão. É a chamada adubação verde. Passados 30 dias, cada grupo aplicou um manejo na adubação, com opções de usar esterco de galinha, ureia e cloreto de potássio, em doses diferentes. Como resultado final, busca-se a produção de massa – utilizada como composto na alimentação bovina – e apuração de quanto se produziu de milho, com a coleta e pesagem das espigas.
A prática de cultivo do milho safrinha com manejo sustentável na adubação levou em consideração que o Brasil é um dos maiores produtores do mundo, e as diversas formas de utilização desse cereal, desde a alimentação animal até o processo para consumo humano desenvolvido pela indústria de alta tecnologia. A maior parte do consumo de milho ocorre com a alimentação animal, o que representa 70% no mundo, de 60% a 80% no Brasil e cerca de 50% nos Estados Unidos. Quanto ao consumo humano oferece vários derivados e os preços acessíveis favorecem consumidores de baixa renda.
No Brasil, com duas safras por ano, a estimativa é de 72 milhões de toneladas. A área plantada na safra 12/13 foi de 14 milhões de hectares. As importantes mudanças tecnológicas têm resultado em aumentos significativos de produção e produtividade. A utilização tecnológica se destaca na melhoria da qualidade do solo e possibilita o compromisso com a produção sustentável. A melhora do solo geralmente está relacionada com o manejo adequado, incluindo entre outras práticas a de rotação de culturas, a do plantio direto e a do manejo da fertilidade por meio da calagem, gessagem e adubação equilibrada com macro e micro nutrientes.
A agricultura sustentável tem o compromisso de conservação do meio ambiente, com a finalidade de proporcionar unidades agrícolas lucrativas e comunidades agrícolas prósperas. O cultivo feito na Unoeste esteve comprometido com trais práticas, realizado no campo experimental ao lado do centro esportivo. Além do professor Araújo, esteve presente o professor Anatoli Lebedenco que levou os alunos do 5º termo para participarem da apresentação dos resultados dos experimentos e votarem pelos melhores trabalhos, sendo que todos os seis grupos receberam votos.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste