Futuros médicos conhecem atribuições do Conselho Tutelar

Como parte das ações propostas pelo Programa de Aproximação Progressiva à Prática (Papp), nível II, que tem como foco a família, nesta semana, alunos do 2º termo de Medicina da Unoeste participaram de palestra com duas representantes do Conselho Tutelar de Presidente Prudente. Jacqueline Bersan Roberto e Carolina de Toledo Maia abordaram sobre o funcionamento do órgão, bem como suas atribuições, dentre elas como tratam sobre os direitos violados de crianças e adolescentes.

As conselheiras pontuam que este contato com os futuros médicos é importante, em razão de o conselho e a área da saúde trabalharem juntos, devido a alguns direitos violados, como o abuso sexual, maus-tratos físico e psicológico, entre outros, pois, enquanto médicos, irão encontrar situações como essas nas unidades de saúde. “O Conselho Tutelar atua diretamente com a família, tendo um conhecimento mais profundo do porquê de algumas atitudes com as crianças, sobre as razões que levam tais comportamentos com os menores. Por isso, essa integração é extremamente importante”, pontua Jacqueline.

Conforme um dos coordenadores do Papp, Dr. Alex Wander Nenartavis, a ideia de trazer as conselheiras para a conversa está baseada no que o Papp II (família) tem como norte. “Percebemos que nas áreas de Estratégia Saúde da Família (ESFs), em que os estudantes estão agindo, existem famílias que têm problemas com as crianças em várias esferas, na questão de comportamento nas escolas, de drogadição na estrutura familiar e, por isso, é necessário que os futuros médicos, que já estão inseridos nas equipes dessas unidades, saibam como o conselho age nas situações que são levadas para as ESFs”.

O coordenador pontua ainda que essa conversa também funciona como um fator multiplicador, pois esse estudante volta para a ESF e capacita, por meio da educação permanente, os membros da equipe que lá estão. “Os alunos do Papp são inseridos nas equipes, de maneira que eles possam agir na transformação da realidade dos locais de abrangência”.

Dr. Alex aponta ainda que a palestra é produtiva por trabalhar de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e fazer também com que os alunos reflitam sobre alguns assuntos envolvendo menores, como a questão que voltou à tona sobre a redução da maioridade penal. “É interessante que eles façam uma análise se somente a redução da responsabilidade penal pode resolver o problema da criminalidade, ou se existem vários outros fatores envolvidos que precisam ser melhorados, como a estrutura familiar, a educação, entre outras situações”, completa.