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Estudos científicos sugerem o repensar da educação infantil

Tecnologias e a mídia substituem as brincadeiras, promovem o individualismo e estimulam o consumismo


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Foto: João Paulo Barbosa Estudos científicos sugerem o repensar da educação infantil
Luciana durante a defesa pública de sua dissertação
Foto: João Paulo Barbosa Estudos científicos sugerem o repensar da educação infantil
Banca examinadora: doutores Gilsa, Ruiz e Raquel
Foto: João Paulo Barbosa Estudos científicos sugerem o repensar da educação infantil
Luciana com os doutores Ruiz, Raquel e Gilsa Maria


A velocidade das mudanças provocadas pelas novas tecnologias atinge a educação infantil. A ocupação com eletrônicos em substituição às brincadeiras lúdicas promovem mudanças de comportamento. Antes, as crianças se agrupavam mais e agiam coletivamente em ações física e mental que serviam para desenvolver a criatividade em associação com o conhecimento. Agora, interagem menos umas com as outras, tornando-se individualizadas, consumistas e até mesmo obesas. Este cenário sugere o repensar sobre os processos de ensino e de aprendizagem dos quatro aos seis anos de idade.

A professora universitária e da rede municipal de ensino de Birigui (SP), Luciana Maria Rinaldini, apresentou na tarde desta terça-feira (27) os resultados de uma pesquisa desenvolvida nos últimos dois anos e finalizada em 2013. Além do comportamento da criança, ela constatou que professores demonstram pouco interesse pelas brincadeiras e preferem as crianças ocupadas com eletrônicos, incluindo recursos como joguinhos e televisão. Como isso gera problemas, a pesquisadora constata a necessidade de os professores atualizarem seus métodos.

O entendimento é de que são necessárias aulas mais desafiadoras, inclusive com o uso das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs). É preciso ir além do clique, um movimento que se restringe a ação e a reação, sem o espaço para o pensar. Clicou, respondeu. É rápido. Não há espera. Luciana aplicou dois tipos de questionários, sendo um junto a professores e outro com diretor e coordenador pedagógico. O que serviu para o delineamento da pesquisa, na qual também utilizou material bibliográfico.

De acordo com o orientador, doutor Adriano Rodrigues Ruiz, a primeira verificação da pesquisa foi de que as brincadeiras tradicionais até há pouco tempo, praticamente deixaram de existir. Cita, como exemplo, a amarelinha. Cada vez mais as crianças se ocupam com equipamentos eletrônicos, entre os quais a televisão que investe na formação de um público consumidor. “As mídias são mais fortes que a escola e que a família”, pontua.

Ele comenta que as tecnologias cria um determinado público infantil. “Uma das dificuldades que a escola encontra é a impaciência. A criança gosta de coisas mais imediatas. Embora este sempre concentrada, prefere focos diferentes. Não permanece num mesmo foco por muito tempo. Os professores estão assustados. Existe a necessidade de uma intervenção educacional, pois eles se sentem inseguros, inclusive, para abordarem essa situação. Os pais também, inclusive para evitarem o consumismo precoce”.

A pesquisa de Luciana resultou na dissertação “Infância, TIC e brincadeiras: na visão dos profissionais da educação infantil: desafios da geração homo zappiens”. Ao fazer a defesa pública, a professora graduada em Letras e Pedagogia foi aprovada para receber o título de mestre em Educação junto à Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação da Unoeste. Na banca, além do orientador, estiveram as doutoras Raquel Rosan Christino Gitahy e Gilsa Maria Zauhy Garms, convidada da Unesp, campus de Presidente Prudente.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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