Educação ambiental no Cidadescola recebe aporte acadêmico
Alunos do primeiro ciclo do ensino fundamental são inseridos em projeto de extensão para produção de horta



Mais de cem crianças passam por ação de educação ambiental, proporcionada pelo Projeto Curupira, mantido pelo curso de Engenharia Ambiental e ofertado à comunidade como atividade cadastrada na Pró-reitoria de Extensão e Ação Comunitária (Proext). Durante a manhã desta quinta-feira (5) alunos da Escola Municipal Domingos Ferreira de Medeiros, que fica na vila Operária e faz parte do programa prudentino de educação integral e integrada Cidadescola, estiveram na Unoeste para receber mensagem educacional e visitar a horta do campo experimental de ciências agrárias.
As duas ações estiveram inseridas na Semana Municipal do Meio Ambiente, de realização da prefeitura por intermédio da secretaria que responde por esse segmento. No auditório Primavera, a coordenadora da Engenharia Ambiental, Leila Silva, deu as boas vindas. A professora Leila Esturaro ofereceu explicações sobre o Projeto Curupira. Os alunos Bruno Magro, Letícia Costa, Nangly Ribeiro, Carlos Bonfim e Thomas Tukamoto instruíram as crianças sobre comportamentos e práticas ambientais. Também acompanharam a apresentação as professoras Renata Pereira e Isabela Rigolin.
A recepção aos alunos, à professora comunitária Andréia Lyria de Alencar Bassanezi e à oficineira Tereza Maria Criamboni ocorreu pelo programa +Unoeste, através da coordenadora de ações culturais, esportivas e sociais da Proext, Graziella Plaça Orosco de Souza. As ações se completaram com visita horta e centro zootécnico, onde são criados porcos, carneiros, cavalos e bovinos. Existe também um enorme viveiro de macacos. Entre um momento e outro, as crianças lancharam na Chácara da Zootecnia.
Figura interessante entre os visitantes foi a dona Tereza, que aos 68 anos de idade ensina as crianças a produzirem verduras e legumes. Atua nas escolas municipais Carlos Castilho Cabral, no jardim Regina, onde vai três vezes por semana, e Domingos Ferreira de Madeiros, na vila Operária, onde contribui com o projeto Desenvolvimento de Hortas Suspensas, realizado com o aporte da Proext, onde comparece uma vez por semana.
Primeiro, ingressou na escola do jardim Regina. Foi no ano passado. Recebeu convite da coordenadora Luciana Moisés para atuar como oficineira. Tem toda uma história que resultou no chamamento. Além da competência e dedicação, Tereza ajudou voluntariamente a mãe de Luciana nos anos 1980, a professora Nair Cardoso, a cultivar horta e formar pomar na escola rural do bairro Jatobá, em Tupi Paulista. “Ela [Luciana] era pequena e ia junto”, comenta a aposentada que até os 60 anos de idade trabalhou no laboratório de bioquímica da fábrica de bebidas Funada.
Pelo trabalho da oficina de horta, Tereza recebe cerca de R$ 300 por mês. O dinheiro ajuda em sua renda mensal, mas não é o mais significativo para uma pessoa que ama o cultivo de hortifrútis e que no passado foi voluntária em Tupi Paulista, nos anos 1990 na casa de recuperação de dependentes químicos mantida pela Associação dos Pobres de Jesus e nos dias atuais continua praticando o voluntariado como coordenadora de catequese da paróquia de São Pedro, no centro comunitário do jardim Itatiaia.
A oficineira conta que a produção da horta na escola Carlos Castilho Cabral é destinada exclusivamente para as famílias dos alunos envolvidos e separados em seis turmas, já que na merenda escolar são utilizados produtos provenientes da horta municipal. As crianças têm levado para suas casas berinjela, quiabo, cenoura, rabanete, beterraba, rúcula, alface e almeirão. “Me sinto bem fazendo o que faço, convivendo com as crianças e com a escola como um todo. Gosto de estar ocupada, até em razão de que em cabeça vazia entra a doença moderna: a depressão”, diz Tereza.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste