Projeto ambiental é definido com planejamento participativo
Identificações de problemas direcionam ações que serão desenvolvidas para comunidades de ribeirinhos



Para definir as ações do Projeto de Preservação, Repressão e Educação Ambiental (Prea) foi adotado o planejamento participativo. Os problemas e possíveis ações foram levantados no final do mês passado, durante workshop desenvolvido por equipe da Unoeste na sede da Polícia Federal em Presidente Prudente, com a participação do Ministério Público Federal. Estiveram representados cinco municípios impactados com a formação do lago da Usina Hidrelétrica Engenheiro Sérgio Motta, no rio Paraná: Rosana, Teodoro Sampaio, Mirante do Paranapanema, Presidente Epitácio e Panorama. Numa sequência das discussões do dia 28 de agosto, nesta terça-feira (8) no campus II ocorreu o fechamento dos dados a serem sistematizados para que as ações possam ser definidas.
A sistematização deverá ocorrer até o final desta semana, conforme previsão do professor José Luís de Lima Astolphi, que conduziu o workshop envolvendo representantes da polícia, MPF, universidade e municípios. A coordenadora de ações extensivas gerais da Pró-reitoria de Extensão e Ação Comunitária (Proext), Cidinha Martines, anuncia que em breve serão anunciadas as atividades a serem desenvolvidas para levar educação ambiental às comunidades ribeirinhas. Para o técnico ambiental da Prefeitura de Presidente Epitácio, Bruno Minimi Lágio Fernandes, a iniciativa da Polícia Federal, envolvendo a Unoeste e o Ministério Público Federal deverá produzir bons resultados.
“Para os municípios implantarem educação ambiental é algo muito complicado, inclusive pela falta de recursos. Então, essa proposta do Prea é ótima. Envolver a universidade é muito importante, pois tem muito a agregar para as administrações públicas. Essa parceria pode criar formas de utilizar recursos financeiros específicos, como os da compensação do impacto ambiental ocasionado pela Cesp [Companhia Energética de São Paulo]”, disse o técnico vinculado à Secretaria Municipal de Planejamento, Economia e Meio Ambiente, biólogo especialista em meio ambiente e que faz sua segunda graduação em engenharia ambiental.
Dentre os problemas apresentados pelos representantes dos municípios estão a perda da biodiversidade da fauna e da flora, a redução da piscosidade do lago, falta de organização dos pescadores, habitações precárias dos ribeirinhos, retração do comércio, redução da geração de renda, políticas públicas inadequadas e falta de recursos para educação ambiental. As ações sugeridas são no sentido de governança, educação ambiental e para reduções dos impactos ambientais e sociais. As discussões para implantação do Prea começaram em abril deste ano, em reunião realizada na sede da Delegacia da Polícia Federal, organizada pelo agente policial Celso Ailton Lima Campos.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste