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Estudo sugere manejo completo para soja em solo degradado

Tese extraída de trabalho temático abre interessantes perspectivas de contribuição ao setor agropecuário


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Foto: João Paulo Barbosa Estudo sugere manejo completo para soja em solo degradado
Wellington Guerra fez as análises de nutrientes no Laboratório de Tecidos Vegetais

Em grande parte do Brasil central existem dois problemas que interferem diretamente na economia do setor do agronegócio: solo de baixa fertilidade e escassez de chuvas, fatores que dificultam cultivo de lavouras e a formação de pastagem. A região de Presidente Prudente está inserida nessa condição que motivou o Grupo de Pesquisa Agropecuária do Oeste Paulista (Gpagro), vinculado ao Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Agronomia (mestrado e doutorado) da Unoeste a desenvolver um programa abrigando vários projetos em busca de soluções para construção de fertilidade do solo em áreas degradadas.

Uma tese extraída de trabalho temático, do engenheiro agrônomo e mestre em agronomia, Wellington Eduardo Xavier Guerra sugere manejo completo para soja em solo degradado e abrem interessantes perspectivas de contribuição ao setor agropecuário, diante dos vários dados obtidos nos últimos quatro anos de experimento, instalado na Fazenda Experimental da universidade, do qual surgiram ainda três dissertações e algumas monografias para conclusão de curso na graduação. A tese foi apresentada à defesa pública na manhã desta quinta-feira (29).

O autor do estudo utiliza a expressão manejo completo em referência aos tratamentos físico e químico do solo, mediante escarificação e aplicação de calcário, gesso, NPK (nitrogênio, fósforo e potássio) e micronutrientes. Tomando a soja como exemplo dentro do sistema de semeadura direta e integração lavoura-pecuária, conta que em três anos agrícolas, de 2013/14 a 2015/16, foi possível um incremento de 167,1% de produtividade no último ano, em relação ao primeiro.

O dado se junta a outras informações relevantes obtidas em dez manejos diferentes, realizados numa área de 6 hectares, com a avaliação de oito parâmetros: análise química do solo, análise de tecido vegetal, determinação do aporte de pastagem, população inicial e final de plantas, número de vagens por planta, número de grãos por vagem, massa de 100 grãos e produtividade de grãos. Um trabalho complexo, enaltecido e amplamente debatido pela banca examinadora, especialmente com a oferta de sugestões para produção de artigos científicos.

Foto: João Paulo Barbosa Banca avaliadora: Grassi Filho, Creste, Santos (Carlos), Santos (Diego) e Catuchi
Banca avaliadora: Grassi Filho, Creste, Santos (Carlos), Santos (Diego) e Catuchi
A defesa da tese orientada pelo agrônomo Dr. Carlos Henrique dos Santos, que atua nas áreas de nutrição de plantas e fertilidade do solo, recebeu dois avaliadores internos e dois externos. Pela Unoeste, os doutores José Eduardo Creste, cuja atuação como pesquisador tem ênfase em fertilidade do solo e adubação; e Tiago Aranda Catuchi que trabalha com manejo de adubação nitrogenada na cultura de feijão em sucessão a forrageiras cultivadas para produção de sementes. Os externos foram os doutores Hélio Grassi Filho e Diego Henriques dos Santos, respectivamente, da Unesp em Botucatu e da Companhia de Desenvolvimento Agrícola de São Paulo (Codasp).

Doutor em solos e nutrição mineral de plantas, Grassi Filho tem dado ênfase, em sua produção científica, à ciência do solo, nutrição mineral de plantas, hidroponia e fertirrigação. Especialista em gestão de agronegócio e doutor em agricultura, Santos tem se dedicado, dentre outras coisas, às questões de conservação do solo e água e controle de erosão. Os diversificados e amplos conhecimentos dos examinadores proporcionaram vários debates pontuais, todos convergentes à melhoria da tese avaliada e à produção de artigos para publicação em periódicos científicos.

Na condição de orientador, Santos disse que o foco esteve voltado à área agronômica, mas os dados apurados também contemplam a parte zootécnica, mesmo sem haver aprofundamento nessa questão. É que a construção da fertilidade do solo, da maneira como foi feita no experimento, aumenta o teor da matéria orgânica, melhorando a retenção de água e nutrientes, proporcionando mais estabilidade à soja, diante do risco da falta de chuva, e produzindo pastagem em condições de melhoria à nutrição animal. Os resultados sinalizam à perspectiva de efeitos mais significativos em mais tempo de cuidados físicos e químicos do solo.

Guerra foi aprovado para receber o título de Doutor em Agronomia e falou da importância de ter construído sua formação na Unoeste, desde a graduação.  “Esse título não me faz maior que ninguém, mas aumenta minha responsabilidade em ser doutor na área profissional que escolhi. Meu pai foi motorista de ônibus há 35 anos, e teve que ‘engolir lua’ (viajar a noite) para eu chegar onde cheguei. Tudo isso tem um valor muito grande, pois não basta ser milionário para ser feliz”, disse, incluindo o coorientador Dr. Carlos Sérgio Tiritan, com atuação em fertilidade do solo e adubação.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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