Mirante promove a arte com o objetivo de transformar vidas
Realização do Centro de Formação e Promoção Humana recebe atividades realizadas por professores da Unoeste

Gestores do Centro de Formação e Promoção Humana (CFPH) de Mirante do Paranapanema promoveram várias atividades para comemorar os 96 anos da Semana de Arte Moderna, de segunda-feira (19) a sábado (24), envolvendo as 200 crianças e adolescentes atendidos pelo projeto vinculado à igreja Católica. Informações e ações foram proporcionadas no sentido de mostrar o poder transformador da arte, com a utilização de obras de Tarsila do Amaral. Durante a manhã do último dia, além de exposição de trabalhos e dança pelos beneficiários, o encerramento contou com palestra, pinturas ao vivo e oficina de desenho; desenvolvidas pela coordenadora e por professores do curso de Artes Visuais da Unoeste.
Para a presidente da instituição Márcia Regina Lopes Silva Cavalcante, a contribuição da universidade foi muito significativa. “Não tenho palavras para agradecer. Nunca vi as crianças tão envolvidas. Vendo o tamanho do sorriso em cada carinha, posso dizer que isso não tem preço que paga”, comentou. O coordenador Álvaro Gonçalves, egresso do curso de Letras da Unoeste, disse que o evento mostrou aos infanto-juvenis que eles podem ir muito longe; basta acreditarem no próprio potencial. Valendo-se de sua experiência de vida, afirmou que a universidade, como garantia do futuro profissional, prestou uma importante contribuição para meninos e meninas de seis a 15 anos de idade.
“Olha, para mim foi surpreendente. Eu sempre sonhava com pessoas de renome para dar valor ao nosso trabalho e isso se tornou realidade com a presença dos professores da Unoeste. Isso nos deixou uma lição: quando a gente quer, a gente consegue. Hoje ninguém tira o sorriso do meu rosto. Estou muito feliz. As crianças tiveram uma participação muito positiva. Atingimos nosso objetivo: o entendimento da arte em todas as dimensões. As representantes do Conselho Tutelar viram o que o projeto realiza com as crianças e os adolescentes. O encerramento, se não fosse a parceria com a Unoeste, não teria o mesmo brilho”, analisou a assistente social Francisca Zuza.

O professor Hélio Gomes proporcionou às crianças uma oficina de desenho para estimular a arte e a criatividade. “Elas absorveram com grande facilidade e o que fizeram serve para aplicarem em outras artes e nas tarefas escolares, levando algumas coisas para a fase adulta”, explicou. O professor Josué Pantaleão fez uma releitura da obra “Operários”, substituindo as pessoas utilizadas no original da Tarsila por mãos das crianças envolvidas no projeto. “Procuramos estimular a vontade de ser alguém na vida, a partir de uma visão diferente da arte que tudo transforma; para, desde já, irem enxergando que o futuro passa pela universidade”, disse Pantaleão.
Três alunas do curso de Artes também produziram telas ao vivo e em todas teve a participação das crianças e dos adolescentes. Os quadros trabalhados por Conceição Barcelos, Letícia Francelly e Roberta Correa Baroni foram sorteados entre os atendidos pela entidade, incluindo os pais. O quadro elaborado por Pantaleão ficou para a entidade assistencial. Durante as atividades, das 8h às 13h, foram apresentados números de dança coreografados pela estudante de Educação Física da Unoeste, Clariana Joppert, que atua na entidade como Jovem Aprendiz.
Mãe de Giovana Forell Bevilaqua, de 11 anos, Maria Izabel da Silva Bevilaqua avaliou como boa a iniciativa de promover a Semana de Arte Modena e envolver a universidade. “Minha filha teve a influência da avó Ize Forell Bevilaqua que era artista plástica em São Paulo. Acho que ela tem jeito para isso e que, possivelmente, irá fazer o curso de Artes da Unoeste”. Gustavo Neponuceno, de 14 anos, achou tudo muito criativo e, aliado ao seu sonho de ser jogador de futebol, pretende fazer Educação Física. Elaine Ana Cláudia Alves Tito produziu pintura em cerâmica, ficou feliz por sua peça ter sido uma das que foram expostas e revelou que seu sonho é a Arquitetura na Unoeste, “pois na minha escola todo mundo fala que é uma universidade boa”.
O Centro de Formação e Promoção Humana, entidade criada em 1986 e localizada próximo ao Ginásio Municipal Antônio Damaceno Correia, atende 110 crianças e adolescentes em estado de vulnerabilidade social na sede do município e outras 90 no distrito de Costa Machado. “São meninos e meninas para os quais queremos dar a oportunidade de construírem um futuro melhor e essa aproximação com a universidade foi proposital e se tornou muito significativa”, disse a Francisca Zuza.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste