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Medicina visita casas em ação contra a hanseníase em Machado

Saúde e educação! Cerca de 100 acadêmicos da Unoeste se dividiram pelas seis microáreas na manhã desta sexta-feira (27)


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Foto: Gustavo Justino Medicina visita casas em ação contra a hanseníase em Machado
De porta em porta! Acadêmicos caminharam por toda extensão do bairro São João para orientar a comunidade

O Brasil tem a segunda maior incidência de hanseníase no mundo, são mais de 15 casos por 100 mil habitantes. Só que em Álvares Machado (SP), dos 10 casos de registrados em 2017, cinco foram no bairro São João. E o número, em um município com pouco mais de 24 mil habitantes, alertou a equipe da Estratégia Saúde da Família (ESF) Nossa Senhora da Paz, que em parceria com o curso de Medicina da Unoeste, realizou uma ação de orientação e busca ativa nos domicílios na manhã desta sexta-feira (27).
 
Cerca de 100 alunos dos 1º ao 5º termos percorreram as ruas do bairro visitando casa por casa, sempre acompanhados por um agente de saúde; conversando com os moradores, o objetivo foi identificar manchas brancas ou avermelhadas pelo corpo, alteração da sensibilidade, diminuição da força muscular, feridas, sangramentos e até a sensação de areia nos olhos. “A preocupação é muito grande, a transmissão ocorre pelas vias aéreas. É possível que mais casos existam e estamos aqui para identificar”, comenta a docente do curso de Medicina e uma das responsáveis pela ação, Neide Maria de Castilho.
 
Para a equipe da ESF, o bairro São João é dividido em seis microáreas, mapeamento útil para que nenhuma residência fique de fora. A médica responsável pela unidade e professora da Unoeste, Amélia Alves do Nascimento Coutinho, conta com quatro acadêmicos do 10º termo para auxiliar na segunda etapa do processo. “Depois que identificamos algum caso com esses sintomas, o paciente é encaminhado para ser atendido aqui na unidade. Aí é outra etapa”, diz.
 
Além dos panfletos de orientação e da investigação feita pelos estudantes, uma ficha de autoimagem é preenchida para o caso de pacientes com algum sintoma. “O canhoto deste documento fica com o morador, na expectativa que ele venha à unidade de saúde. Se não vier, temos a ficha e por meio dela temos condições de chegar ao paciente”, de acordo com a professora Neide, que destacou a importância do acompanhamento. “São quatro formas de hanseníase, duas são transmissíveis. É uma doença negligenciada no país, que piora com a falta de higienização”, pontua.
 
Unoeste e a comunidade
Na residência da dona de casa Neusa Américo, 43, não tem brecha para a doença. “Aqui em casa somos em cinco, mas a gente está sempre atento”, relata. Ela gostou da abordagem das acadêmicas que passaram pela sua casa e aprendeu sobre a doença. “Elas perguntaram bastante coisa, foram educadas, atenciosas. Eu comentei que, às vezes, sinto como se fosse areia nos meus olhos, então me orientaram para ir ao postinho. Agora sei o que é hanseníase”.
 
Foto: Gustavo Justino Amélia Coutinho e Neide Castilho com os acadêmicos do 10º termo na ESF Nossa Senhora da Paz
Amélia Coutinho e Neide Castilho com os acadêmicos do 10º termo na ESF Nossa Senhora da Paz
Experiência positiva para estudantes como o Gabriel Rodela Rodrigues, do 4º termo. Acostumado com o tema hanseníase, estava com as orientações na ponta da língua. “Já estudamos bastante o assunto. Vimos na semana integradora, fizemos diversas atividades. Acredito que para essa etapa de identificação estamos todos prontos”, afirma o acadêmico que mostrou preocupação com a comunidade. “Cinco casos pra este bairro é um número muito alto”.
 
A doença
De acordo com o Ministério da Saúde, a hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa, com capacidade de infectar grande número de indivíduos. Ela afeta pelo e nervos periféricos podendo levar a sérias incapacidades físicas. Os principais sintomas são manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas pelo corpo, queda de pelos e falta de suor, além de dor, sensação de choques, fisgadas e formigamentos. A transmissão é principalmente pelas vias áreas superiores, tem longo período de incubação, média de 2 a 7 anos.
 
Estudo relacionado
Em 2011, o pesquisador da área de imunologia e pesquisador institucional da Unoeste, Dr. Luiz Euribel Prestes Carneiro, apresentou pesquisa elaborada por docentes do curso de Medicina que trata sobre a transmissão da hanseníase além da via respiratória. “O que o trabalho mostra é que possivelmente a transmissão pode ser pela mucosa oral quando as pessoas cospem. O bacilo – Mylobacterium leprae – está na saliva e fica vivo por uma semana no solo”, segundo o pesquisador. Desde 2012, o curso de Medicina da Unoeste possui a Liga Acadêmica de Hanseníase.
 
Serviço
A ESF Nossa Senhora da Paz fica na rua Carlos Almeida Cardoso, 135, em Álvares Machado e o telefone de contato é (18) 3273-4000.

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Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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