Tereré: estudo avalia alguns efeitos da bebida no organismo
Pesquisa realizada pelo curso de Nutrição constatou que a erva-mate pode auxiliar na perda de peso e não compromete a absorção de cálcio e ferro

Companheiro dos dias de calor, o tereré, bebida típica feita de erva-mate com água fria ou gelada, é muito consumido em algumas regiões como o interior paulista e os estados do Paraná e do Mato Grosso do Sul. O fato dessa bebida ter se tornado um hábito entre os jovens e a escassez de estudos na área motivaram uma pesquisa do curso de Nutrição da Unoeste.
“Por não sabermos de fato os efeitos do tereré no organismo, principalmente quanto à sua atuação em relação à perda de peso e interação com a concentração sérica dos minerais cálcio e ferro, sentimos a necessidade de realizarmos um trabalho experimental com ratos Wistar”, pontua Dra. Sandra Cristina Genaro, professora responsável pelo estudo.
Ela explica que apesar da bebida conter uma considerável quantidade desses minerais, a cafeína, presente na erva-mate, em altas doses poderia ser a responsável pela elevação da excreção do cálcio através da urina, reduzindo sua absorção e contribuindo com o desenvolvimento de doenças ósseas. “Quanto ao ferro, os taninos presentes na erva-mate poderiam ser os principais fatores inibitórios da absorção deste mineral”.
Mesmo com a presença desses componentes, a pesquisa constatou que o tereré não vai deixar as pessoas com anemia por deficiência de ferro e nem com osteoporose. “Além disso, a erva-mate possui diversas substâncias bioativas capazes de prevenir doenças crônicas não-transmissíveis, dentre elas, a obesidade. Sendo também, que pode contribuir com a perda de peso”, diz.
Conquista
Sandra comenta que essa pesquisa foi apresentada em forma de banner digital no Ganepão 2020, maior congresso de nutrição da América Latina. “Conquistamos o prêmio de 2º lugar em trabalho experimental com apresentação de pôster”.
A professora comenta que há muitos anos participa desse evento. “Sempre apresento os trabalhos realizados pelos alunos da graduação onde sou orientadora. É uma satisfação poder integrar um evento de cunho internacional para a aquisição de novos conhecimentos. Vale dizer que muitas das palestras visualizadas servem para confirmar que o conteúdo que passamos aos estudantes da Unoeste caminham junto com a atualidade, deixando-me muito satisfeita”, encerra.
Ganepão 2020
Quem também participou desse importante evento foi a professora de Nutrição da Unoeste, Bianca Depieri Balmant Azevedo. “A minha atividade principal foi na comissão científica como coordenadora de sala. Além disso, também realizei a avalição dos trabalhos enviados ao evento e fui moderadora-palestrante de uma mesa intitulada “Abordagem multiprofissional na prática clínica oncológica”.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste